Nossa Senhora

A condutora

Nos ícones dos primeiros séculos do cristianismo percebemos que uma das representações de mais destaque sobre a Virgem Maria é a da condutora

Paulo Teixeira

Escrito por Paulo Teixeira

28 JAN 2019 - 11H48 (Atualizada em 26 AGO 2021 - 14H50)

Cimabue

Nos ícones dos primeiros séculos do cristianismo percebemos que uma das representações de mais destaque sobre a Virgem Maria é a da condutora. A palavra grega hodigitria, que quer dizem aquela que mostra o caminho, é que define este tipo de pintura na qual Nossa Senhora aponta a mão para Jesus para mostrar que Ele é o caminho. 

Nos representações de Maria percebemos que Ela é representada de forma simples e essencial. É a mãe que segura uma criança, a Mãe de Deus. O olhar de Maria nestes ícones está dirigido a quem olha e sua mão direita aponta Jesus, o verbo de Deus sustentado em Seu braço. A figura de Jesus, embora no tamanho de uma criança, aparece com feições sérias indicando a consciência de Sua missão. Algumas representações trazem o menino segurando um pergaminho simbolizando a mensagem que veio trazer. Muitas vezes, estes quadros retratam também anjos com os instrumentos da paixão de Jesus indicando que a pessoa de Jesus Cristo nasceu com uma missão determinada: a salvação das pessoas.

No período em que se desenvolveu este tipo de representação, antes do século IV quando foi definido o Dogma da maternidade divina, já queria explicar e reafirmar a posição da verdade de fé. Maria é a Mãe de Jesus porque o sustenta na sua missão de salvação do mundo e Maria é mãe também no sentido mais humano e de ternura. Maria não está somente ao lado de Jesus, mas o que os une é um abraço. Muitas representações trazem as mãos de Jesus ao redor do pescoço de Maria, mas mesmo quando o menino está simplesmente no colo da mãe, há uma ligação afetuosa.

Temos estas pinturas, hoje em dia, em quadrinhos e nas paredes das igrejas, contudo, a representação da Mãe de Deus tinha lugar de destaque nas construções antigas. Esta cena de Maria e seu filho era representada na abside das basílicas, um lugar reservado para a representação das grandes manifestações de Deus como a transfiguração de Jesus ou a ressurreição. Isto indica uma visão de cristianismo no qual o mistério se revela nesta cena comum e familiar de mãe e filho e que se revela a nós na dinâmica destas figuras que fixam quem olha a pintura e apontam o caminho que é Jesus.

Escrito por
Paulo Teixeira
Paulo Teixeira

Jornalista formado na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), atua como editor responsável das revistas O Mílite e Jovem Mílite há mais de quatro anos. É autor do livro "A comunicação na América Latina".

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