Para responder às consequências da pandemia de Covid-19, que não são apenas de natureza sanitária, o Papa Francisco criou um Fundo de Emergência junto às Pontifícias Obras Missionárias (POM), que há alguns meses está respondendo aos pedidos de dioceses de todo o mundo missionário, marcado pela pobreza e pelas desigualdades que se agravaram neste período.
As últimas ajudas foram enviadas a várias circunscrições eclesiásticas da África e da América Latina.
Em Ruanda, são quatro as dioceses às quais o Fundo de Emergência das POM enviou as ajudas solicitadas, que serão utilizadas pelas paróquias sobretudo para a compra de medicamentos e a prevenção necessária para equipar os locais de culto e assim permitir a retomada das celebrações com segurança.
Também a Diocese de Saint Louis, como as outras dioceses do Senegal, enfrentou dificuldades consideráveis após as medidas adotadas para enfrentar a pandemia de Covid-19.
A grave crise financeira decorrente da suspensão das atividades pastorais, tornou impossível, desde o mês em março, a coleta de ofertas que ajudam os padres a sobreviver. Por esse motivo, a diocese pediu a ajuda do Fundo das POM, visto a impossibilidade de garantir o sustento dos seus sacerdotes que continuam empenhados na evangelização e nas obras de assistência.
Em Madagascar, caracterizado há muito por uma "economia de sobrevivência", a situação se tornou dramática com a pandemia. A diocese de Farafangana sofreu graves consequências: o isolamento bloqueou os agricultores e pequenos comerciantes que sobreviveram vendendo seus produtos nos mercados; os pais não podem fornecer alimentação diária para a família, comprar medicamentos, pagar as mensalidades escolares; o sistema de saúde se tornou ainda mais precário.
As 42 escolas católicas da diocese, muitas das quais tiveram que ser fechadas e para as quais serão destinados recursos do Fundo das POM. As crianças já não vão à escola, os pais, pela falta de trabalho, não têm como pagar mensalidades e os professores estão sem salário desde março, sem falar que a diocese não tem mais recursos econômicos.
A população da Diocese de Solwezi, na Zâmbia, vive essencialmente da agricultura de subsistência. Como resultado do isolamento, muitos perderam os seus empregos, a economia foi duramente atingida e muitas crianças e idosos necessitados recorrem às paróquias em busca de alimentos.
Em busca de um sustento mínimo, muitos se deslocam sem proteção sanitária. Assim, os recursos enviados serão usados pela diocese para a compra de alimentos e material de proteção para as famílias mais carentes.
A América Latina também está sendo duramente atingida pela pandemia, que agravou a pobreza e a marginalização. Na Colômbia, a ajuda do Fundo das POM servirá para apoiar os sacerdotes do Vicariato Apostólico de Puerto Carreno, empenhados na evangelização de indígenas, camponeses e colonos.
Normalmente, eles vivem de pequenas ofertas dos fiéis, mas com a suspensão das Missas e dos encontros pastorais, eles não têm como se sustentar e o próprio Vicariato Apostólico não tem recursos para prover.
Também no Equador, no Vicariato Apostólico de Napo, é necessário garantir a alimentação e meios de transporte para 24 sacerdotes que se empenham no anúncio do Evangelho e nas obras de assistência social, percorrendo grandes distâncias, além de fornecer os medicamentos necessários para cinco sacerdotes doentes.
Já no Vicariato Apostólico de Puerto Ayacucho, na Venezuela, duas comunidades de Irmãs Missionárias da Consolata, necessitam da ajuda das POM. Habitualmente empenhadas em atividades pastorais, educativas e assistenciais para crianças de famílias marginalizadas, a quem oferecem assistência de base e uma alimentação mínima, sua vida ficou ainda mais difícil com a pandemia.
Fonte: Vatican News
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