O Papa Francisco se fez presente na edição de número 11 da Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) por meio de uma mensagem que foi entregue na quinta-feira (01) pelo cardeal Kurt Koch, prefeito do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos. A reunião acontece a cada 8 anos, sendo o único momento em que os membros podem analisar, rezar e celebrar juntos.
O encontro com a comunidade ecumênica global da Europa sobre o cuidado da criação começou na terça-feira (31) na cidade de Karlsruhe, ao sul da Alemanha, e segue até o dia 8 de setembro. Das 352 Igrejas que fazem parte do CMI, 295 estão presentes na assembleia que está sendo transmitida pelo site oficial do Conselho Mundial.
O tema analisado é "O amor de Cristo move o mundo para a reconciliação e unidade" num contexto marcado por questões fundamentais sobre a maneira de habitar a terra, sobretudo em assumir responsabilidades diante das futuras gerações. Um argumento que o Papa disse seguir com "interesse pastoral", assim como faz uma delegação da Igreja Católica enviada ao evento, fruto da "relação consolidada" com o CMI desde a terceira assembleia em 1961, em Nova Delhi.
Essa comunhão mundial dos cristãos, disse Francisco na mensagem, deve encorajar a se trabalhar juntos por uma maior proximidade e unidade entre as Igrejas, religiões, culturas, povos, nações e toda a família humana, fomentando a reconciliação no mundo. Um esforço que também deve ser orientado para se cuidar dos mais necessitados ao trabalhar pela justiça e pela paz, movidos sempre pelo Evangelho.
"Nosso mundo ainda segue aflito pela discórdia, pelo conflito e pela divisão. Persistem as guerras, as discriminações, diferentes formas de injustiça e de divisão, inclusive entre os próprios cristãos. O mundo globalizado em que vivemos nos exige um testemunho comum do Evangelho, em resposta às urgentes necessidades do tempo presente”.
O Pontífice também enalteceu que, diante "da perene tentação de adaptar a mensagem evangélica às formas mundanas de pensar", é preciso lembrar sempre que "só nos tornamos convincentes quando somos fiéis ao Senhor":
“Nossa missão como cristãos é fazer presente no mundo a plenitude dessa reconciliação, sendo a própria Igreja instrumento e sinal visível da unidade que Deus conclama a todos”.
Para proclamar "o Evangelho da reconciliação" de uma forma crível, acrescentou o Papa na mensagem, é necessário que se busque "uma comunhão mais plena e visível" entre os próprios cristãos, um "pré-requisito fundamental para a missão crível da Igreja. Ecumenismo e Missão se pertencem e se interrelacionam mutuamente". Por isso o alerta de Francisco de que "a comunidade cristã não cresce por proselitismo, mas somente por atração".
"Esta assembleia já é um ícone emblemático da diversidade reconciliada. Oxalá fortaleça e aprofunda as comunhão entre todos para que a unidade dos cristãos seja cada vez mais um sinal radiante de esperança e de conforto para a humanidade”.
Fonte: Vatican News
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