O tempo traz muita experiência, proporciona um autoconhecimento incrível, faz com que tenhamos mais prudência no tomar de decisões, nos traz um filtro que seleciona quem queremos e quem não manter dentro do nosso círculo mas, por muitas vezes, pode nos enrijecer, trazendo uma sensação que já sabemos demais, que já sabemos de todos os truques e macetes para viver bem.
Quando olhamos para um bebê, desde antes de seu nascimento ele passa por variados ciclos. Primeiramente, a gravidez vem cheia de ansiedade e expectação, acompanhamos mês a mês (ou semana a semana) o crescimento desse serzinho, vibramos cada conquista, mexida, chute. Eis que o esperado dia chega, esse bebê vem ao mundo e cada aprendizado vira motivo de festa pra quem acompanha de perto. Seja um biquinho, um beijo, ou uma risada, os pais estão sempre em prontidão pra se derreter por aquela criança tão pura e desprovida de experiências causadas pelo tempo.
Essa criança vai crescendo e vai aprendendo muitas outras coisas, começa a usar mais dos seus sentidos, come alimentos sólidos, começa a engatinhar, cai diversas vezes antes de dar os primeiros passos, mas logo que começa, não quer parar mais e parecem querer compensar o tempo sem essa ferramenta. Exploram o mundo, mostram uma sede de vida que inspira (e até cansa) os que o rodeiam.
O tempo continua a passar e eles começam a colher os primeiros frutos dessa dádiva. Começam a ganhar opinião própria, já são capazes de dizer o que gostam e o que não, as emoções começam a fazer sentido mesmo que um pouco desordenadas, mas a figura familiar está sempre lá, prestando todo apoio para que essa criança cresça se sentindo amparada.
Ao ler o título deste texto e o conteúdo até então, pode parecer não ter sentido, mas eu juro que faz. Volte duas casas, reveja sua história, tudo o que narrei aqui fez parte do seu desenvolvimento. Você foi ansiado(a), nasceu trazendo alegria e foi evoluindo diariamente, porém, este ciclo de crescimento ele é contínuo! Não se para de evoluir quando se é adulto, não se aprende tanto a ponto de não ter mais o que saber.
Viver é um constante "aprender a andar" que entre erros e acertos prova que o caminho não segue um manual, mas somente na prática cada um entende o que é melhor dentro da sua realidade. Deus é essa figura familiar que nos acompanha de perto, que se alegra com cada aprendizado e que segura nossa mão nos trazendo a segurança necessária. Até mesmo quando a independência chega, sabemos muito bem pra qual colo correr quando o mundo parece ingrato demais.
Quando as mães ou pais dizem "Você vai ser pra sempre o meu bebê" pra Deus é assim também, o resto é poeira de tempo, mas a essência permanece. E se ficou a impressão, o tempo não é vilão, ele somente se descortina em acontecimentos e sensações, cabe a nós saber o que levar pra dentro e o que deixar pelo caminho para seguir com a mochila cheia mas só do que nos fortalece.
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