Homilia do Frei Aloísio de Oliveira, Ministro Provincial da Província de São Francisco de Assis
Os contemporâneos de Jesus lhe pediram um sinal. Isto é, um sinal que o credenciasse como um profeta, um pregador realmente autorizado por Deus, alguém que estivesse a altura por exemplo de Moisés, de Elias ou de uma das grandes figuras das escrituras. Mas Jesus disse, que nenhum sinal lhes seria dado a não ser o sinal do profeta Jonas. Qual era o grande sinal do profeta Jonas? Ele era um profeta que fazia um apelo a Deus pela conversão dos ninivitas, que eram pessoas habitantes de uma cidade pervertida e estavam vivendo uma vida completamente desregrada.
Jonas lhes transmitiu a Palavra de conversão, alertando que se eles não se convertessem seriam destruídos e arruinados. Eles atenderam a voz do profeta Jonas e se converteram. Fizeram penitência. O próprio Rei decretou uma penitência geral para todo o povo. Todos, desde as crianças até os mais idosos, todos jejuavam e faziam penitência e se converteram. A cidade não foi destruída. Jesus aqui se proclamou como aquele que trazia o apelo à conversão. A grande missão do profeta Jonas era o apelo a conversão e que Jesus se colocava na mesma linha.
O sinal era a necessidade da conversão e de fato no Evangelho de São Marcos a primeira palavra que Jesus falou ao iniciar a sua missão, quando ele abriu a boca pela primeira vez, foi para dizer “convertei-vos e crede no evangelho”. Então a mensagem de Jesus foi e é, antes de tudo, um apelo a conversão.
Nesse sentido está em continuidade com a profecia de Jonas. Esse é o coração do Evangelho, o coração de toda a Bíblia. Esse é o apelo de Jesus para nós hoje. Que nos voltemos ao Senhor, voltemos o nosso coração para uma conversão sincera. Sejamos fiéis a nossa missão de batizados.
A nossa missão de evangelizar é urgente. A gente não consegue isso se não for numa perspectiva de conversão, num movimento de continua conversão.
Aqui na Milícia da Imaculada tem esse apelo e num estilo muito próprio. Evangelizar através Imaculada, através da Consagração a ela.
Quando a gente abre o Evangelho de Lucas, nas primeiras páginas, já está o modo de Maria evangelizar. E por consequência de todo o consagrado a ela. Quando ela ouviu o apelo do Senhor trazido pelo anjo Gabriel, de que ela iria ser mãe do Senhor, ela disse: “Eis Aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Palavra.” É alguém que está disposta a acolher a Palavra. Acolheu tão bem na sua vida que ela gerou em si mesma a palavra feita carne. “O verbo que se fez carne e habitou entre nós.” A presença viva de do Senhor no meio de nós e que são Francisco expressou muito bem isso com uma frase magistral: “Maria tornou nosso irmão, o Senhor da Majestade.” São Francisco tinha esse pensamento que Maria tornou Deus um de nós.
Nós, como consagrados a Imaculada para a missão de evangelizar, vamos recordar sempre que temos a Palavra do Senhor dentro de nós. Mesmo quando nós não entendemos aquilo que está acontecendo.
Maria era sempre aberta ao Senhor mesmo quando não entendia: “Ela meditava tudo em seu coração.” Isso é ser missionário, é estar aberto e aberta para Palavra do Senhor, mesmo quando as coisas se complicarem e a gente não entender. Sempre acreditar que estamos numa missão que não é nossa, é de Deus e da Imaculada que estão por trás de tudo.
Nesse contexto, aqui na Milícia da Imaculada, não vamos esquecer a festa de hoje, o festejado de hoje, que é o Frei Sebastião. Se nós estamos aqui e falando da Milícia da Imaculada, de consagrados e consagradas à Imaculada para missão de evangelizar, nós devemos isso a pessoa do Frei Sebastião.
Ele lutou com todos os desafios, enfrentando todas as dificuldades e acreditando no apelo que o Senhor lhe fazia através dessa devoção da Imaculada. Ele teve a coragem de ir adiante e montar a obra que nós conhecemos, que é para levar a todos a Palavra do Senhor, que é sempre apelo de conversão.
Ele começou tudo do nada, num galpão que era destinado a criar coelhos, lá no Convento da Imaculada na Cidade dos Meninos. Ali começou com coragem e dedicação, desbravando sem medo, os desafios e criou esta obra que nós conhecemos.
De fato a Milícia da Imaculada leva a palavra de Deus a tantas pessoas a tantos lares pelo Brasil afora e hoje, principalmente com os meios de comunicação que são mais expansivos e chegamos até para fora da fronteira do país.
Então nós queremos, nesse dia, dar graças a Deus pelo dom da vida do Frei Sebastião, pelo seu sim a Deus, através da sua vocação religiosa e da sua dedicação a Imaculada.
Frei Sebastião, parabéns pelo aniversário e muito obrigado pelo seu trabalho na Província, pelo seu trabalho a frente da Milícia da Imaculada. Que Deus, por intercessão da Imaculada nessa missão, o abençoe cada dia mais.
Foi muito bom vocês estarem aqui para juntos agradecermos. Frei Aloísio falou muito sobre a conversão. Isso foi realmente muito constante nesses anos todos. Eu pertenço a uma ordem que todos conhecem, os Frades Menores Conventuais. Pertencemos a uma província e somos família aqui no Brasil, também com Frei Hugo e Frei Gilson. Nós amamos a nossa província.
Eu pertenço a essa família, a Milícia faz parte dela. E vim dessa família, foi ela que me orientou no espírito de São Francisco e esta especial abertura para Nossa Senhora principalmente, ao encontrar em São Maximiliano Kolbe toda essa inspiração. Temos que continuar... a vida é feita de etapas, nunca devemos parar. Deus Precisa de nós. “Ide pelo mundo e pregai o Evangelho a todos os povos da Terra.” São Maximiliano absorveu isso e ainda contou com a proteção Imaculada. Esse é um sonho que nós temos que realizar: “Conquistar o mundo inteiro a Cristo pela Imaculada.” Você, milite, sabe que temos muito trabalho para fazer... estamos só no comecinho.
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