O Catecismo da Igreja Católica contém o “depósito da fé”, isto é, o que a tradição e o magistério reconhecem como inspiração do Espírito Santo que age na história. Seu fundamento está na profissão de fé. Ele quer nos ensinar o sentido do “Creio”. Professar a fé em Cristo significa que devemos compreender para crer e crer para compreender.
Em outras palavras, precisamos conhecer o que nossa Igreja crê e ensina para assim nos edificarmos e enraizarmos cada vez mais em Cristo Jesus. E a verdade fundamental da nossa fé é uma: Cristo vive!
Ele está estruturado na primeira parte na profissão de fé; na segunda parte na celebração do mistério cristão, a terceira parte na vida em Cristo e na quarta parte na oração cristã.
Em tempos como o nosso, o Catecismo não pode ser usado para estruturar ainda mais o muro de ódio que já está levantado, mas ele precisa nos ajudar a compreender cada vez mais nossa identidade cristã e assim podermos promover a cultura do encontro e do diálogo, que nos pede o Papa Francisco.
O Catecismo é o livro fundamental da nossa fé. Ele nos ajuda a compreender por que crer e o que significa crer. Nele também podemos aprender o sentido da celebração do mistério cristão, a importância dos sacramentos em nossa vida e por que o ápice da vida cristã encontra-se na Eucaristia. Ele oferece ainda uma formação da consciência conforme às exigências do Evangelho e ensina-nos que o coração do Evangelho é a oração do Pai-nosso e que nossa atitude deve ser vivida de acordo com as bem-aventuranças.
E ainda ensina que a oração é antes uma busca por viver uma íntima comunhão com Cristo, e oferece toda uma reflexão para compreender o mistério da Igreja enquanto Corpo Místico de Cristo, que é sinal universal da salvação que Ele oferece.
Em relação à diferença entre o Catecismo e os materiais de estudo de catequese com as crianças, eu diria que principalmente a linguagem é o diferencial. Entretanto, esta foi uma preocupação da própria Igreja, e com São João Paulo II temos a elaboração de um Catecismo da Igreja Católica. Depois, Bento XVI adaptou o Catecismo para um compêndio, e recupera, um método judaico de ensinamento indicado pela própria Torá na parashá e que também já havia sido utilizado pela Igreja no antigo catecismo de perguntas e respostas. Depois fez o mesmo, adaptando para o Youcat numa linguagem mais própria dos jovens e, agora, o Papa Francisco faz o mesmo com o Docat; e também o próprio Youcat foi adaptado para crianças. Eu sugiro que os pais, padrinhos, os responsáveis pela educação das crianças na fé utilizem estes materiais produzidos pela equipe do Youcat.
Quem busca o conhecimento de Cristo encontra o Amor, pois Deus é caridade. Assim, o Catecismo só irá cumprir sua função se o leitor ler com a inteligência da fé, ou seja, faz crescer quem aprende na fé, na esperança e acima de tudo na caridade. Parafraseando Santo Agostinho, eu diria, buscar conhecer para mais amar; ou ainda Santo Inácio de Loyola, para mais amar e servir, e o próprio São Maximiliano Maria Kolbe a dizer com a própria vida o que significa crer: Ama, isso é tudo!
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