Por Eduarda Oliveira Em Evangelho Dominical

23 de junho - 12º Domingo do Tempo Comum

“Tu és o Messias, o Filho do Deus Vivo” (Lc 9, 18-24)

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12º Domingo do Tempo Comum

Estando Jesus orando a sós com os discípulos, perguntou-lhes: “Quem as multidões dizem que eu sou?” Responderam-lhe: “Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda, que ressuscitou algum dos antigos profetas”. Perguntou-lhes então: “E vós, quem dizeis que eu sou?” – “O Cristo de Deus”, respondeu Pedro. Mas Jesus proibiu-lhes severamente falar disso a quem quer que fosse. E acrescentou: “O Filho do homem deve sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e escribas, ser morto e ressuscitar ao terceiro dia”. E disse a todos: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por amor de mim, esse a salvará”.

COMENTÁRIO

Como sempre fazia, Jesus estava rezando num lugar retirado para melhor se concentrar. Após a oração, Jesus interroga os discípulos: “Quem diz o povo que eu sou?” Jesus não precisava fazer essa pergunta. Ele, o próprio Deus, certamente sabia de tudo o que se passava nas mentes das pessoas.

Mas, Jesus queria ouvir uma resposta vinda de seus discípulos. Afinal eles andavam no meio do povo e sabiam a opinião popular. Ao perguntar quem o povo achava ser ele, Jesus quer mostrar-nos a importância de levar a sério a opinião e as necessidades dos nossos comandados.

O pastor, o líder comunitário, o coordenador de pastoral, devem manter-se atentos e cumprir com zelo suas obrigações paroquiais e trabalhos pastorais, colocar-se a serviço para que possam ser verdadeiramente úteis à comunidade.

Após tomar ciência do pensamento do povo, Jesus foi além e questionou-os: “E vocês? Quem vocês dizem que eu sou?” “tu és o Messias, o Filho de Deus!” Respondeu Pedro com toda convicção. Em outro momento, para mostrar que a nossa fé é um dom de Deus, Jesus afirma que quem revelou isso a Pedro foi o Espírito Santo.

O Espírito Santo revela os mistérios de Deus para todos, convidando-nos a aderir à sua causa. No entanto, só uma pequena porção da humanidade responde a este chamado de fé. Somente alguns aceitam ouvir e seguir o Messias Filho do Deus Vivo. Somente alguns dizem: “Sim, aqui estou, Senhor!”

Jesus insiste em convidar-nos a segui-lo, mas respeita nossa decisão. Também deixa claro que segui-lo não é fácil. O caminho é difícil, pedregoso e a porta ao final, é estreita. Poucos passarão, poucos poderão ultrapassá-la. A recompensa, a garantia de glória eterna, exige sacrifício, exige renúncia.

“Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo!” - disse Jesus – Renunciar a si próprio quer dizer, renunciar ao egoísmo, aos bens supérfluos, ao poder e à ganância, renunciar à vaidade e influência política. Renunciar a tudo que nos distancia de Deus, e que nos impede de continuar o trabalho missionário de Jesus no mundo.

“Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la, mas quem perder a sua vida por causa de mim vai salvá-la”. Com estas palavras o Mestre quer ensinar que só encontra sentido para viver quem doa sua existência e se desgasta por causa dele em favor dos irmãos.

É essa a doação que Jesus espera encontrar em cada um de nós. Oferece-nos também a cruz, porém, não mais como instrumento de morte. Com sua ressurreição, Jesus transformou a cruz em ponte para a vida. Por isso, quer ver-nos carregando nossa cruz com dignidade, não como motivo de sofrimento, mas sim como meio de santificação e de salvação para nós e para toda a humanidade.

Aos seus discípulos e a Pedro, Jesus proibiu severamente que falassem, a quem quer que fosse, que ele era o Messias. Entretanto, a nós, ele pede insistentemente, que nossa coragem se redobre e que saiamos a campo gritando por toda parte que o Cristo ressuscitou, que está vivo, e quer habitar em nossos lares e em nossos corações!

Esta é a Boa notícia de hoje.

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