Evangelho Dominical

Páscoa do Senhor l 31 de março de 2024

“Ele deve ressuscitar dos mortos!”.

Escrito por Jorge Lorente

27 FEV 2024 - 15H07

Divulgação

Evangelho: (Jo 20, 1-9)

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus bem de madrugada, quando ainda estava escuro. Ela viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Então saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo que Jesus amava. E disse para eles: «Tiraram do túmulo o Senhor, e não sabemos onde o colocaram.» Então Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos. Mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu os panos de linho no chão, mas não entrou. Então Pedro, que vinha correndo atrás, chegou também e entrou no túmulo. Viu os panos de linho estendidos no chão e o sudário que tinha sido usado para cobrir a cabeça de Jesus. Mas o sudário não estava com os panos de linho no chão; estava enrolado num lugar à parte. Então o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também. Ele viu e acreditou. De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura que diz: «Ele deve ressuscitar dos mortos.

COMENTÁRIO

Feliz Páscoa! Que Jesus ressuscitado abençoe a você e a todos os seus familiares neste dia de festa, de alegria e de paz! Hoje celebramos a vitória de Jesus sobre a morte. Por isso a imagem de Jesus ressuscitado é representada empunhando uma bandeira branca, sinal de vitória.

O Senhor Ressuscitou, venceu a morte! Como Jesus, e em Jesus, nós também venceremos as forças do mal. Certamente podemos vencer tudo aquilo que se contrapõe à nossa vida, ao nosso bem. Venceremos as forças que estimulam a corrupção, o desemprego, o salário de fome e a opressão. Venceremos tudo que é contrário ao nosso desenvolvimento, à saúde, à alegria, à justiça e à paz.

Jesus faz questão de deixar transparecer que veio para mudar! Também aqui, numa sociedade em que as mulheres não tinham espaço, não tinham vez e nem voz. Uma sociedade que não aceitava sequer o testemunho das mulheres, elas eram discriminadas como os escravos e as crianças, no entanto, são elas as primeiras testemunhas da ressurreição.

Jesus, que já havia reabilitado a mulher em sua dignidade, a eleva também na capacidade de dar testemunho do maior acontecimento da história da salvação. As mulheres ficam assustadas, mas são envolvidas por uma grande alegria.

Correm, comunicam o fato a Pedro e a João e os convidam para verem o sepulcro vazio. Voltaram ao túmulo e nada encontraram. Ainda não tinham compreendido a escritura, segundo a qual Jesus deveria ressuscitar dos mortos.

“Não tenham medo” - diz o anjo às mulheres que vão ao sepulcro. “Alegrem-se!” - diz Jesus, que vem ao encontro delas. Alegria e ausência de medo são notas dominantes na ressurreição. Pouco depois, ao se apresentar aos apóstolos reunidos no cenáculo, Jesus lhes diz: “A paz esteja com vocês”. Alegria e paz são características de quem crê em Jesus e vive a sua proposta.

O cristão tem que se alegrar! Tem tudo para ser como o discípulo que Jesus amava. Foi ele o primeiro a perceber que o Mestre ressuscitou. Enxergou de imediato a Vida explodindo com toda sua força. Percebeu a intervenção de Deus “escancarando” o sepulcro e fazendo brotar a Vida Plena.

Precisamos enxergar a verdadeira vida e torná-la presente em todas as coisas. O desânimo, a acomodação, a aceitação das injustiças sociais, a exclusão dos idosos, crianças, dependentes químicos e doentes, são sinais de morte. A vida é a meta do cristão.

Pelo batismo nos unimos a Jesus Cristo e assumimos sua proposta de vida nova, pois fomos batizados na sua morte e ressurreição. Em Jesus passamos para uma vida nova, uma vida plena. Como diz São Paulo, deixamos de ser “filhos das trevas” e passamos a ser “filhos da luz”. Uma vida verdadeiramente cristã, não termina com a morte, mas se abre para a plenitude da vida em Jesus.

Neste período pascal, a Igreja convida os fiéis a fazerem a confissão e comunhão do Corpo e do Sangue de Jesus. Todos nós somos convidados a participar dos Sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia. É uma ocasião de nos reaproximarmos de Deus. É uma boa hora para revermos nossa caminhada de fé.

Vamos rever nossos compromissos com a comunidade, com a família e com os doentes. Vamos enxergar em cada ser humano um irmão, vamos nos aproximar dos excluídos e ressuscitar o Amor.

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Por Jorge Lorente, em Evangelho Dominical

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