Por Jorge Lorente Em Evangelho Dominical Atualizada em 07 OUT 2020 - 10H30

27º Domingo do Tempo Comum

"A pedra rejeitada se tornou a pedra angular" (Mt 21, 33-43)



Um pai de família plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou um tanque para esmagar as uvas, construiu uma torre e arrendou tudo a uns lavradores. Depois viajou para o exterior. Quando chegou o tempo da safra, mandou os escravos receberem dos lavradores sua parte dos frutos. Os lavradores, porém, agarraram os escravos, espancaram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Novamente enviou outros escravos, em maior número do que os primeiros, e lhes fizeram o mesmo. Por fim enviou-lhes o próprio filho, pensando: ‘Eles vão respeitar o meu filho’. Mas, ao verem o filho, os lavradores disseram entre si: ‘Este é o herdeiro! Vamos matá-lo e tomemos a sua herança’. Eles pegaram o filho do patrão, arrastaram-no para fora da vinha e o mataram. Pois bem: Quando vier o dono da vinha, o que fará com os lavradores?” Eles responderam: “Fará perecer de morte horrível os malfeitores e arrendará a vinha a outros lavradores que lhe dêem os frutos a seu tempo”. Então Jesus lhes disse: “Nunca lestes nas Escrituras: A pedra rejeitada pelos construtores é que se tornou a pedra principal. Foi obra do Senhor, digna de admiração para nossos olhos? Por isso eu vos digo: O reino de Deus será tirado de vós e será dado a um povo que produza os devidos frutos.

COMENTÁRIO

Olá, missionário! Olá, missionária!!! Hoje, de modo todo especial nós queremos dedicar toda a nossa atenção, a nossa alegria e as nossas orações para você que está consciente da sua missão.

Estamos vivendo o mês de outubro, o mês das missões. Todos nós somos chamados à missão, por isso este mês é todinho dedicado a você que é batizado e que está comprometido com a evangelização. Parabéns a você, fiel servidor.

No entanto, nem sempre os servidores são fiéis: Hoje nos deparamos com um senhor que plantou uma vinha, cercou todinha, construiu uma área para industrializar a uva e, até mesmo uma torre de vigia ele fez. Pensou nos mínimos detalhes para que nada desse errado.

Certamente foi grande o investimento. Fez tudo com muito carinho, entregou o projeto aos arrendatários e viajou. Tinha certeza de que ao retornar receberia o lucro esperado. Esperava muitos frutos. Mas, não foi bem isso que aconteceu.

Justamente aquelas pessoas que foram merecedoras de sua confiança; as mesmas, que receberam tudo prontinho, o traíram. Foram ainda injustas e violentas com os representantes do senhor. Espancaram, apedrejaram e até mesmo mataram.

É provável que tenham agido dessa forma para não terem que dividir a colheita. Talvez a intenção fosse guardar tudo para si. Existe, porém, outra possibilidade, pode ser que não tivessem nenhum fruto para entregar. Pode ser que não plantaram nada. Esqueceram-se de que a natureza é generosa, porém justa; quem nada planta... nada colhe.

Entretanto, nada justifica a atitude perversa e violenta dessas pessoas. Seja por um ou por outro motivo, nas duas situações está presente a traição. A ganância, o desejo de não querer dividir com justiça, demonstra desonestidade. A falta de frutos deixa transparecer a preguiça e o comodismo.

Muito atual essa parábola, tem tudo a ver com o nosso dia-a-dia. O Senhor colocou tudo sobre a face da terra, fez tudo com tanto carinho, pensou nos mínimos detalhes. Como se diz popularmente entregou-nos tudo “de mãos beijadas”, gratuitamente.

Investiu alto e aguarda o retorno de seu investimento. Diariamente nos deparamos com seus representantes a procura dos frutos das nossas obras. Fingimos nada ver nem ouvir. Somos capazes até mesmo de espancá-los, para nada entregar, nada dividir. Repare que não partilhamos nada, nem os frutos, nem a terra.

Não dividimos teto, saúde, nem alimento. Nem mesmo o trabalho é compartilhado. O egoísmo não nos permite conjugar o verbo dividir. Diante de tanta insensatez, o Senhor mandou seu próprio Filho e nós o matamos.

É hora de rever nosso comportamento e assumir a missão. Lembre-se que somos os atuais arrendatários e teremos que prestar contas ao “Dono da vinha”. Nunca é demais lembrar que nossos atos estão sendo vigiados. Alguém, lá da “torre” tudo vê, tudo acompanha.

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Por Jorge Lorente, em Evangelho Dominical

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