Quimicamente é quase impossível que o sal perca o sabor. Assim afirmam os especialistas. Contudo, cumpre esclarecer que o enfoque do texto é o testemunho cristão e não as propriedades do sal. O que pode ser impossível ao sal não o é ao cristão. O cristão pode sim perder a evidência de sua pertença a Cristo e viver de modo tão inútil como sal que não salga e luz que não ilumina.
Infelizmente, tal experiência é mais frequente do que parece. Ela ocorre sempre que a vida cristã não é suficientemente densa de testemunho, denominado, neste trecho, de “boas obras”. “Boas obras”, nesse caso, não significam simplesmente as obras de caridade como esmolas e outras louváveis iniciativas de assistência social, mas sim, a vida cristã global testificada por um jeito de viver inconfundível, capaz de traduzir, operacionalmente, na vida diária, de forma criativa, a essência da mensagem evangélica.
Dessa forma, o cristão torna-se o verdadeiro Templo visível, na cidade sobre o monte, (cf. Mt 5,14), rendendo o autêntico culto a Deus (cf. 12,1-2). Tal visibilidade, porém, não se identifica com busca de protagonismo e vã autoafirmação. Trata-se da eficácia do testemunho cristão. Assim como a cidade sobre o monte fica exposta à vista de todos, também a vida cristã, necessariamente, transparece em testemunho concreto, tornando-se manifesta em meio às pessoas que, ao constatarem a bondade de Deus, viva e operante na vida dos cristãos, se sentirão atraídas para Ele e estimuladas a glorificá-Lo (cf. Mt 5,15).
Isso, porém, é de uma seriedade comprometedora, pois significa que o Evangelho se tornará conhecido àqueles que não o conhecem, através do testemunho dos discípulos. Esse ponto é crucial porque é justamente aqui que o cristão pode falhar, tornando-se sal que não salga e luz que não ilumina, isto é, pode perder de vista o específico da sua vida em Cristo de forma a resvalar em evidente contratestemunho ou em uma conduta tão medíocre, que é incapaz de inovar e atrair. “Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens” (Mt 5,13).
Esse trecho do Evangelho, portanto, colocado no início do Sermão da Montanha, se refere à missão de todo discípulo e discípula de Jesus e indica, ao mesmo tempo, a natureza e a maneira correta de interpretar todos os ensinamentos do Senhor contidos nesse discurso. Não se trata de uma lista de novos preceitos, mas da nova existência em Cristo a ser assimilada, pessoalmente, e expressa em termos de testemunho.
Fonte: O Mílite
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