Ainda no oitavo dia de seu nascimento, quando Jesus foi apresentado no templo, o velho Simeão profetizou que sua vida seria marcada pela contradição (Lc 2,34). Jesus experimenta a força dessa profecia ao longo de seu ministério. Com efeito, as pessoas que ostentavam o selo da dignidade, isto é, os sacerdotes, os mestres da Lei, os fariseus devotos, em geral, rejeitaram Jesus e seu ensinamento. Quem mais acolheu a Boa-nova de Jesus foram os párias da sociedade: os pobres, os publicanos e pecadores, enfim, os excluídos da comunidade religiosa. Face a essa contradição, Jesus reza desse modo: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos”.
Os sábios e doutores, ancorados em uma ideia equivocada de Deus, criavam e impunham pesadas normas às pessoas. Mas o evangelho de Jesus diz o contrário. O mais importante não é o que fazemos por Deus, mas o que Deus, em seu grande amor, faz por nós! Os pobres, os pequenos, os pecadores entendiam essa mensagem e ficavam maravilhados. Os sábios pensavam que Jesus estava errado. Eles não podiam entender seus ensinamentos. Daí, a conclusão da oração de Jesus: “Sim, Pai, assim foi do teu agrado”. Agrada ao Pai que o acesso a Ele seja pelo caminho da humildade e da simplicidade, conhecido dos pequeninos. Se os sábios e entendidos quiserem ter acesso a Deus, deverão aprender dos pobres e excluídos: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular” (Sl 118[117],22).
Como o Filho, Jesus conhece o Pai e sabe qual é a vontade do Pai quando entregou a Lei a Moisés no monte Sinai. E o que o Pai tem a nos dizer, Jesus revela aos pequenos, porque eles se abrem à sua mensagem.
Observando as pessoas cansadas e abatidas sob peso da lei, das observâncias de tantos preceitos e ritualismos religiosos que não preenchem o coração, Jesus se compadece delas: “Vinde a mim vós que estais cansados...”. Jesus manda que as pessoas se desfaçam dos fardos pesados que carregam e tomem o seu jugo que é suave. O jugo suave de Jesus, é Ele mesmo, o seu Evangelho, o bom anúncio da misericórdia. Em Jesus, a misericórdia de Deus Pai ficou ao alcance de todos, pois Ele veio buscar e salvar o que estava perdido (cf. Lc 19,10). Portanto, aprender a mansidão e a humildade do coração de Jesus é praticar a misericórdia: “misericórdia é o que quero, não sacrifícios” (Mt 9,13).
As comunidades da época de Mateus estavam passando por um momento difícil e perigoso, tendo de enfrentar o desafio de deixar uma prática religiosa judaica baseada em observâncias e sacrifícios e passar a outro modo de viver a religião centrado no amor e na misericórdia, como Jesus ensinou. Também nós nos encontramos numa difícil travessia para um novo tempo e uma nova maneira de ser cristãos. O evangelho de hoje é um espelho do que está acontecendo em nossas comunidades. Também nós queremos que nossas comunidades sejam um abrigo que o Pai oferece às pessoas cansadas e abatidas pelos fardos que carregam. Para isso, é importante que deixemos o Pai ser o centro de nossas vidas para podermos dizer com Jesus: “Nós, filhos e filhas, conhecemos o Pai, e o Pai nos conhece!” Dessa maneira, poderemos ser, como diz o Papa Francisco, uma “Igreja em saída”, capaz de exercer a misericórdia e o cuidado entre os mais excluídos que, nas tantas periferias geográficas e existenciais, desfalecem sob pesados fardos.
3º Domingo da Páscoa
Um velho ditado popular diz que: “Deus ajuda quem cedo madruga”. Na verdade, Deus ajuda sempre, não escolhe hora, porém no evangelho de hoje, Jesus aparece aos apóstolos, antes do sol raiar. Era madrugada, estavam cansados, com fome e com sono, porém insistiam em lançar suas redes. Eram pescadores experientes, devem ter lançado a rede por todos os lados do barco. Tentaram a noite toda e nada, mesmo assim não desistiram.
Jesus vence a Morte
No Evangelho deste Domingo de Ramos (Mc 15,1-39), Frei Aloísio Oliveira reflete sobre a vitória de Jesus sobre a morte. Acesse e medite a Palavra de Deus com a gente!
Domingo da Divina Misericórdia
Neste domingo, Dia do Senhor, celebramos também a Festa da Divina Misericórdia. O Papa São João Paulo II, instituiu, no ano 2000, essa Festa para toda a Igreja, decretando que a partir de então o Segundo Domingo da Páscoa se passasse a chamar Domingo da Divina Misericórdia.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.