Pela própria palavra magistério podemos dizer que significa aquele que ensina. A cátedra, a cadeira, não é trono, mas é o lugar de onde o mestre ensina. Temos um único Mestre que é Jesus, mas o Papa é aquele que fala em nome do Mestre. E na teologia aprendemos que três são suas fontes: Sagrada Escritura, Tradição e Magistério. Isto significa que a Igreja é o tempo do Espírito* e, portanto, a revelação de Deus continua na história por meio do Espírito Santo que conduz a Igreja e fala por meio dos acontecimentos. Para nós que cremos, o Espírito fala também por meio do Papa que é o Vigário de Cristo e aquele que congrega os apóstolos na unidade a favor do Povo de Deus.
Se quisermos compreender, por exemplo, o que o Espírito diz à Igreja da América Latina e do Caribe hoje, busquemos conhecer o Documento de Aparecida, fruto de uma Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe; ou se quisermos ouvir o que está dizendo à Igreja da Amazônia, então conheçamos o que nos diz a Exortação Pós-Sinodal Querida Amazônia.
A Igreja conserva a fé que os apóstolos aprenderam com Jesus, e que foi transmitida até os nossos dias. Esta fé proclamada em palavras, que recitamos no Creio, precisa ser aprofundada permanentemente. No ano da fé, o Papa Emérito Bento XVI ajudou-nos a reavivar esta fé, e nos deu como presente o YouCat, o Catecismo da Igreja Católica escrito numa linguagem para os jovens, durante a Jornada Mundial da Juventude em Madri.
No Catecismo está contida a sabedoria apreendida da experiência da fé da comunidade cristã: o que a Igreja ensina e crê. Duas orientações chamam a atenção na introdução do YouCat:
1) O Papa Emérito Bento XVI reconhece que viver a partir da fé é uma aventura, pois ela implica numa decisão radical, isto é, que envolve todo o seu ser e, como ele afirma, uma decisão que muda definitivamente o horizonte da pessoa.
2) Estudar o Catecismo é o desejo do coração do Papa Emérito Bento XVI porque ele quer que os jovens preparem-se para os desafios dos tempos presentes, mas não como se fossem se armar para uma guerra, mas para, conhecendo, darem as razões do que creem e assim estar mais preparados para dialogar. Como reafirma o Papa Francisco, o maior desafio do nosso tempo é vivermos unidos convivendo com as diferenças.
A doutrina católica não muda, mas sempre muda, conforme ensina Santo Agostinho, ou seja, beleza sempre antiga e sempre nova, pois a novidade do Evangelho exige o discernimento diante das situações. Hoje, cada vez mais, a Igreja tem sido chamada a colocar-se em saída misericordiosa diante da humanidade ferida.
A Igreja está sempre atenta aos “sinais dos tempos” e, por isso mesmo, promove o “aggionarmento”, isto é, busca um permanente atualizar. Quem realiza na Igreja este “novo” é o Espírito Santo que coloca a Igreja em permanente estado de missão. Portanto, Ele renova não só a Igreja, mas a face da terra. E é o mesmo Espírito que gera a unidade para que todos sejam um, como são Cristo e o Pai.
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