Por Padre Hernanni Pereira, Missionário da Imaculada-Padre Kolbe
Maria sofreu com a morte dolorosa de Jesus e com outros episódios narrados pelos evangelhos. Sofreu como as mães que amam e com seu Filho que trilhou um caminho duro.
A Igreja busca imitar o silêncio e a certeza de Maria que acreditou na ressurreição de seu Filho e suportou as dores da vida e da morte de Jesus. Por isso recordamos sempre a Mãe das Dores, a Addolorata, a Pietà.
A devoção a Nossa Senhora das Dores se desenvolveu no século XII quando os cristãos recitavam coroas de oração com trechos bíblicos que faziam referências a momentos alegres ou dolorosos da vida de Cristo e de sua Mãe. Neste período o Franciscano Jacopone da Todi compôs um hino intitulado Stabat Mater, Estava a Mãe.
No século XVII a devoção se espalhou por meio de confrarias, inicialmente ligadas à Semana Santa e atualmente a celebração está ligada à Festa da Exaltação da Santa Cruz, em setembro..
As sete dores de Maria são enumeradas da seguinte forma:
1- A espada de dor a transpassar a alma de Maria (Lc 2,22-35)
2- A Fuga para o Egito (Mt 2,13-15)
3- A perda de Jesus no Templo em Jerusalém (Lc 2,41-51)
4- O encontro com Jesus no caminho para o Calvário (Lc 23,27-31)
5- Maria ao pé da Cruz (Jo 19,25-27)
6- Maria que recebe Jesus morto em seus braços (Mt 27,55-61)
7-O sepultamento de Jesus (Lc 23,55-56)
Em Lucas 2,22-35, é narrada apresentação de Jesus ao Templo e é proferida a profecia da “espada”, da dor que atravessaria o coração de Maria. Sobre este trecho bíblico, o professor Frei Clodovis Boff comenta em seu livro Mariologia Social:
“À passio, à paixão do ‘Servo Sofredor’ corresponde a compassio, a compaixão da ‘Serva Sofredora’. Essa compaixão é efeito de tal solidariedade nas ‘contradições’ que seu Filho suportaria da parte dos ímpios (Hb, 12,3), em particular, dos grandes deste mundo, mais concretamente dos poderes judaico e romano”.
O religioso da Ordem dos Servos de Maria, no mesmo livro reflete sobre a Mãe de Jesus ao pé da Cruz, quando a “espada” corta seu coração ao ver o lado do Filho morto.
“Derrotas podem acontecer a todos, especialmente aos que lutam para mudar a sociedade na justiça. A Mãe de Jesus, de pé junto da cruz, mostra que a derrota das causas justas é o reverso moral de sua vitória futura, bem como fase e condição espirituais de um triunfo definitivo. Per crucem ad lucem, pela cruz à luz”.
A figura dolorosa e esperançosa de Maria é retratada também como dom do Crucificado pela poesia da mílite Judite Oliveira, de Taubaté - SP que escreveu um livro intitulado Jesus em versos e rimas: o evangelho em trovas:
“Junto à Cruz também estava
A sua mãe querida,
Com a irmã que a consolava
Em hora tão dolorida.
Vendo a mãe aos pés da Cruz
Jesus diz: ‘João é teu filho’.
Para João disse Jesus:
‘Tua mãe, te dê auxílio’.
Ouvindo a voz de Jesus,
João, o discípulo amado,
Bem ali aos pés da Cruz
Por Jesus é presenteado
Acolheu então Maria
Em sua casa e cuidou,
Cumprindo no dia-a-dia
O que seu mestre mandou”
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