A palavra Quaresma vem do latim quadragesima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa mais importante da nossa fé, a Ressurreição de Jesus Cristo, celebrada no Domingo de Páscoa.
A Quaresma é um tempo de preparação para a Páscoa que nos convida a uma profunda reflexão e corajosa conversão, mudança radical de vida para retomar a estrada justa. É pausa para refazer as forças e purificar a vida com a oração sincera, com o jejum sereno e a solidariedade restauradora.
Os cristãos, com a intenção de saborear a grandeza da festa da Páscoa, mais ou menos uns 200 anos depois da morte de Jesus, introduziram o costume de precedê-la por três dias de preparação, com oração, meditação e jejum, numa espécie de luto pela morte de Cristo. Mais tarde, por volta do ano 350 d.C., percebendo que três dias eram poucos, aumentaram para 40 dias.
Para o desenvolvimento da Quaresma contribuíram a celebração de reconciliação dos penitentes, que acontecia na manhã da quinta-feira santa, 40 dias após o início de sua preparação, e a instituição do catecumenato como preparação dos iluminados para o batismo (cf. Augé, Matias, Liturgia – História, celebração, teologia e espiritualidade, p. 311).
Na Quaresma, a liturgia da palavra oferece a possibilidade de três itinerários diferentes, mas que se completam. Nos domingos do ciclo A, somos convidados a reviver o mistério do batismo: as leituras falam de água, luz, fé, cegueira, unção com óleo, renúncia ao pecado, e da vitória de Cristo sobre a morte. A temática do ciclo B nos convida para a páscoa de Cristo: o evangelho de João apresenta uma progressiva proclamação do mistério de Jesus que caminha em direção a sua hora. Nos domingos do ciclo C, a liturgia nos apresenta uma profunda catequese sobre a reconciliação.
O tempo da Quaresma começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira da Semana Santa. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência.
Os números na bíblia possuem um sentido simbólico. É difícil que Moisés tenha passado exatos 40 dias e 40 noites na montanha, sem comer e beber, como nos relata o texto bíblico (Ex 34,38).
O número 40 na bíblia indica um longo período de preparação por causa de um grande acontecimento. O dilúvio durou 40 dias e 40 noites e preparou a terra para uma nova humanidade. O povo de Israel passou 40 anos no deserto numa longa preparação para tomar posse da terra prometida. Os habitantes de Nínive fizeram penitência por 40 dias antes de receber o perdão de Deus. Elias caminhou 40 dias e 40 noites para alcançar a montanha de Deus. Esses períodos aparecem antes de fatos importantes na história do povo de Deus e se relacionam com a necessidade de dirigir o coração para algo importante que vai acontecer. A nossa Quaresma, portanto, são 40 dias de preparação para a Páscoa, a maior festa da nossa fé.
Nos primeiros anos do cristianismo, quando os cristãos cometiam pecados graves que se tornavam públicos, eram expulsos da comunidade. Quando se arrependiam deviam fazer penitência pública, já que suas faltas foram conhecidas publicamente. Os penitentes públicos, vestidos com sacos e com a cabeça coberta de cinza, percorriam as ruas e assistiam à celebração eucarística na porta das igrejas. A Quaresma servia então como período de preparação para a reconciliação. Na quinta-feira santa, na missa presidida pelo bispo, os penitentes se apresentavam à comunidade, declarando o próprio arrependimento.
Por volta do século X tornou-se costume todos os fiéis receberem cinzas em suas frontes no primeiro dia da Quaresma como sinal de penitência e arrependimento. A prática da penitência não impõe fazer coisas extraordinárias, mas viver intensamente, participando do sofrimento de Cristo, e no serviço solidário aos irmãos mais necessitados.
A conversão que Jesus prega no início da sua missão pública (cf. Mc 1,15) não é sentimentalismo, mas convite a mudar de vida, a dar as costas a tudo o que nos afasta de Deus, “é uma íntima e total mudança interior, uma completa renovação de todo o homem, do seu sentir, do seu julgar do seu viver” (cf. Const. Apost. Paenitemini, 17 de janeiro 1966, n.5).
Fonte: O Mílite
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