Por Padre José Cristo Rey García Paredes, missionário claretiano
Autor de Mariologia. Síntese bíblica, histórica e sistemática.
A santidade de Maria era posta em relação com o Espírito Santo, principalmente no acontecimento da Encarnação: “Nosso Salvador não nasceu de José, mas do Espírito Santo e da Santa Virgem”. Estabelecia-se assim um admirável paralelismo entre o Espírito santo e a santa Virgem. Cristo é concebido pelo Espírito Santo e a Virgem, assim diz o Credo. O símbolo nicenoconstantinopolitano o expressa com estas palavras: Incarnatus est de Spiritu Sancto ex Maria Virgine et homo factus est. As partículas de e ex evocam Mt 1,18.2014. Em outros símbolos encontram-se diferente variantes: natus de Spiritu Sancto etMaria Virgine, ou ex Maria Virgine per Spiritum Sanctum natus. Inclusive em alguns símbolos, como no símbolo niceno, falta a menção ao Espírito Santo. Essas formulações diferentes punham em relevo a íntima conexão entre o Espírito Santo e Maria no mistério da encarnação; mas demonstravam ao mesmo tempo certa perplexidade no momento de entender o modo da relação. Maria e o Espírito Santo
Assim como Cristo nasceu do Espírito e de Maria, assim nasce todo crente do Espírito Santo e do fiat da Virgem. Segundo os Padres, todos nós nascemos da Theotokos no âmbito da fé. Enquanto a Igreja em seu ser é a hagiofania (manifestação da santidade), a Virgem personifica a santidade: em sua infinita pureza a Virgem é toda santa, e por isso é figura da Igreja: a Santidade de Deus na santidade humana. Cirilo de Alexandria celebra “Maria, a sempre virgem”.
Cirilo de Alexandria, no discurso pronunciado no Concílio de Éfeso, comparava a santidade do corpo de Maria, no qual habitou o Filho de Deus e do qual nasceu, com a santidade do templo: “Salve, Maria, templo onde Deus habita, templo santo, como o chama o profeta Davi quando diz: ‘Teu templo é santo e admirável em sua justiça’ (Sl 64,6). Salve, Maria, a criatura mais preciosa da criação; salve Maria, pomba puríssima”.
Nessa mesma linha, Gregório de Nissa dizia que “o seio da bem-aventurada Virgem, por ter servido a um nascimento imaculado, é proclamado santo no evangelho, uma vez que o nascimento não destruiu a virgindade, e esta não foi obstáculo a tão grande nascimento”. Para ele Maria era imaculada: “A plenitude da divindade que residia em Cristo brilhou através de Maria, a imaculada”. E Proclo de Constantinopla chegou mais longe, dizendo que Maria é “o santuário da impecabilidade, o templo santificado por Deus”. E não menos André de Creta quando diz dela: “O corpo da Virgem é uma terra que Deus trabalhou, a primícia da massa adamítica que foi divinizada em Cristo, a imagem do todo semelhante à beleza divina, a argila modelada pelas mãos do artista divino”. E em outra ocasião: “Eu proclamo Maria a única santa, a mais santa entre todos os santos”.
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