Nos retiros inacianos, costumamos propor uma contemplação sobre a saída de Jesus de Nazaré, quando se despede de sua bendita mãe e vai para o rio Jordão, onde será batizado por João Batista.
Quando Jesus começou a anunciar o reino de Deus, a curar doentes e expulsar os demônios, Maria ficou preocupada. Alguns parentes chegaram a dizer que Jesus estava fora de si (Mc 3,21). Mas, ao saber que Jesus ia sempre acompanhado de doze discípulos, Maria ficou mais tranquila e começou a tratar os doze como a filhos. “Cuidem bem dele!”, teria-lhes dito.
Em Caná da Galiléia, Maria foi com Jesus e os doze discípulos a uma festa de casamento. Lá pelas tantas, como alguns convidados tivessem bebido demais, Maria percebeu que o vinho tinha terminado. Um provérbio judeu diz que “não há festa sem vinho”, porque “o vinho alegra o coração do homem” (Sl 104,15). Ele é símbolo da alegria dos tempos messiânicos, que Jesus ia iniciar.
Maria se aproximou de Jesus e lhe disse: “Eles não têm vinho!” (Jo 2,3). Depois, disse aos serventes: “Fazei tudo o que Ele vos disser!” (Jo 2,5). Jesus fez o milagre, os discípulos ficaram contentes e Maria também se alegrou com a alegria de todos.
No fim da vida de Jesus, junto à cruz, estavam de pé sua mãe, Maria de Cléofas e Maria Madalena. Do alto da cruz, Jesus viu Maria e o seu discípulo predileto e disse à sua mãe: “Mulher, eis o teu filho!”. E ao discípulo: “Eis a tua mãe!”. A partir daquela hora, o discípulo acolheu Maria na sua casa (Jo 19,25-27).
Os atos dos apóstolos nos dão a última notícia de Nossa Senhora. Depois da ascensão do Senhor, os discípulos se reuniam no cenáculo e perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres – “entre elas, Maria, a mãe de Jesus” (At 1,12-14).
Uma das invocações das ladainhas lauretanas, que rezamos no final do santo rosário, chama Maria de “rainha dos apóstolos”. Ela é rainha, não só dos doze apóstolos, mas de todos os discípulos e missionários de Jesus.
A tendência atual na “mariologia” não é mais exaltar as “glórias de Maria”, mas humanizar sua figura, como filha, esposa e mãe, mulher próxima de nós. No entanto, Ela continua merecendo o título de rainha, por ser a mãe de Jesus, nosso rei.
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