Perfume de Francisco

São Francisco orienta: seja feliz e aceite o outro

Aprenda com São Francisco a aceitar todos os tipos de pessoas, com suas maneiras e hábitos, quaisquer que sejam seus gostos

Rodrigo

Escrito por Rodrigo Vasconcellos

28 MAR 2022 - 15H53 (Atualizada em 28 MAR 2022 - 17H45)

Divulgação

Minha admiração pela Santa Igreja é de tamanho indescritível, mas posso afirmar que uma das maiores, senão a maior de todas, é a capacidade que a Igreja tem de acolher inúmeras pessoas, de todas as formas e personalidades possíveis e principalmente de uni-las.

Sabe aquele momento, antes da pandemia da Covid-19, em que todas as pessoas se davam as mãos para rezar a oração do Pai Nosso?

É exatamente isso que eu digo. Não importa se a pessoa gosta de rock e a outra de pagode. Se uma é de esquerda e a outra de direita. Se um é branco e o outro preto. Se são amigos ou não. Todos se dão as mãos.

Tomás de Celano relembra um episódio no qual Francisco estava reunido com seus discípulos, e "juntaram-se a eles outros quatro homens dignos e virtuosos e fizeram-se discípulos de Francisco. Isto ocasionou um maior interesse pelo movimento, e a fama do homem de Deus foi crescendo cada vez mais entre o povo. Verdadeiramente, naquele tempo, Francisco e os companheiros experimentavam uma alegria e um gozo inexprimíveis sempre que alguém, fosse quem fosse, de qualquer proveniência ou condição - rico, pobre, nobre, plebeu, desprezível, estimado, sábio, simples clérigo, sem cultura, leigo - aparecia a pedir o hábito da santa religião, guiado pelo espírito de Deus".

Neste trecho, Francisco nos orienta a aceitar todos os tipos de pessoas, com suas maneiras e hábitos, quaisquer que sejam seus gostos. Portanto, me pergunto por qual motivo ou razão, se Deus é nossa referência, busca e refúgio, as pessoas ainda teimam em lutar suas guerras a favor do racismo, preconceito e intolerância? Não deveríamos estender a intenção da Santa Igreja para o nosso dia a dia na sociedade e também viver em comunhão?

Toda mudança começa por nós.

Então eu te pergunto, caro leitor, como você reage às diferenças e aos intolerantes? Como busca igualar a convivência entre as pessoas? Qual o tipo de tratamento que você dá a um executivo, uma faxineira ou um idoso? É diferente por conta das circunstâncias, da empatia, ou porque precisa se sentir à vontade?

Se tornar feliz independente das condições e pensamentos não é algo que se ganha, mas que se constrói.

Um abençoada Quaresma!

Escrito por
Rodrigo
Rodrigo Vasconcellos

Formado em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), Rodrigo Vasconcellos, de 31 anos, nasceu em Santo André e atualmente mora na cidade de Atibaia. Estudante do catolicismo, nascido e criado em paróquia Franciscana, hoje ele busca viver intensamente seus dias refletindo a espiritualidade e vida de São Francisco de Assis. Sua frase preferida é: "A simplicidade não está nas coisas, mas em você"

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