Uma das características do tipo de oração franciscana é uma oração vibrante. Francisco nos ensinou isso: vibrar pela graça de Deus, vibrar pela natureza, pela fraternidade e também vibrar pelas adversidades, pelo medo, pelo insucesso pastoral.
Francisco, homem religioso e transformado no Evangelho, faz de sua vida oração. Orar com a vida e na vida, em todos os momentos ele sempre dava graças! A oração franciscana é mais afetiva, com o coração, do que com a razão, pois o coração é de onde sai o que é impuro e puro. Recordamos o que Jesus nos fala: “Mas o que sai da boca provém do coração, e é isto que torna o homem impuro” (Mt,15-18).
Mas a oração franciscana, além de ser uma oração que se faz com cantos, louvores, antífonas, pois os frades caminhavam em suas missões, ela também é uma oração contemplativa. Contemplação é a capacidade de maravilhar-se com a grandeza e a bondade de Deus manifestadas pela obra que Ele realiza em todos os lugares e por todo o tempo.
O amor de Deus ultrapassa as geografias territoriais, por isso, orar de maneira franciscana é contemplar a beleza do ser. Nossa mãe Santa Clara nos ensinou, através de seus escritos, a orar todo dia nessa intenção. A contemplação nos transforma naquilo que enxergamos. Isso exige silêncio e interioridade. Clara e Francisco são mestres da oração, pois não fizeram orações, mas deixaram que a oração e o Espírito do Senhor estivessem presentes em todos momentos de suas vidas.
Fonte: O Mílite
“Eram como ovelhas que não têm pastor”
O comentário teológico desta atividade messiânica é realizado por uma frase bíblica: “eram como ovelhas sem pastor”. Moisés diante de sua morte pede a Deus que estabeleça como chefe da comunidade “um homem que os preceda no entrar e no sair... para que a comunidade do Senhor não seja um rebanho sem pastor” (Nm 27,17). Como Josué tomará o lugar de Moisés, assim, os discípulos continuarão a missão de Jesus, o pastor messiânico que guia e protege a comunidade cansada e abatida. A motivação profunda do compromisso messiânico-salvífico de Jesus, que deve prolongar-se na missão dos discípulos, está na compaixão, naquele amor gratuito e ativo que o impulsiona a intervir para aliviar as misérias do povo, (Mt 14,14; 15,32; 20,34).
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