“A vida do homem tem três etapas: a preparação para o trabalho, o trabalho, a dor. Quanto mais velozmente uma alma alcança a santidade, mais depressa chega à terceira etapa: a dor desejada pelo amor”, São Maximiliano Kolbe.
Por Espiritualidade Em São Maximiliano Kolbe Atualizada em 15 OUT 2020 - 17H11

A oferta suprema da dor aceita por amor

“A vida do homem tem três etapas: a preparação para o trabalho, o trabalho, a dor. Quanto mais velozmente uma alma alcança a santidade, mais depressa chega à terceira etapa: a dor desejada pelo amor”, São Maximiliano Kolbe.




Por Padre Luigi Faccenda, franciscano menor conventual

“A vida do homem tem três etapas: a preparação para o trabalho, o trabalho, a dor. Quanto mais velozmente uma alma alcança a santidade, mais depressa chega à terceira etapa: a dor desejada pelo amor”, São Maximiliano Kolbe.

A “dor desejada pelo amor” quarta coluna da consagração à Imaculada comporta a disponibilidade em aceitar e amar as dores, os desgostos e os sofrimentos da vida, oferecendo a si mesmo a Deus pela salvação do mundo através de Maria. 

Com a consagração a Maria esta etapa torna-se um momento e uma realidade concreta, preparada gradativamente pela graça, pela qual a dor encontra uma alma já pronta. Justamente dizia frei Kolbe que, quanto maior é o amor, antes se chega a esta etapa, como chegou ele, que nunca negou nada à Imaculada.

É pois uma etapa própria do espírito kolbiano, do profundo espírito missionário, da verdadeira consagração a Nossa Senhora.

A vocação particular de Kolbe foi sem dúvida uma vocação à vida de vítima. Ele o sabia, o sentia, como nos revelam todas as suas palavras; e foi no espírito e nas condições de vítima que ele desenvolve a sua própria missão sobre a terra. A visão das duas coroas, que clareou constantemente o horizonte da sua existência, é o primeiro sinal celeste; o seu final heróico é a mais estupenda confirmação.

Também a espiritualidade da Milícia da Imaculada tem as mesmas características: a “total oferta de si mesmo à Imaculada” não pode ser outra que uma generosa “oferta de vítima”. De resto esta realidade pertence à essência do cristianismo. O que é de fato, a vida cristã, se não a nossa participação na própria vida de Cristo Jesus? E que outra é a perfeição cristã, se não a perfeita imitação dele?

Ele “se ofereceu como vítima sem mácula a Deus”(Hb 9, 14), pelo qual o Apóstolo assim convida os cristãos: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor”(Ef 5, 1-2). De fato Cristo, entrando no mundo, disse ao Pai: “Não quiseste sacrifício nem oblação, mas me formaste um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam. Então eu disse: Eis que venho...ó Deus, para fazer a tua vontade.(...) Foi em virtude desta vontade de Deus que temos sido santificados uma vez para sempre, pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre”(Hb 10, 5-7.10).

E unindo-se a Ele, pedra viva, também ele vem empregado como pedra viva para a construção de um edifício espiritual, para um sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo ( 1Pd 2,4-5).

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