Nesta sexta-feira, dia 01 de fevereiro, o Papa Francisco presidiu à Santa Missa na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano. Na homilia, o Pontífice usou a primeira Leitura (Hb 10,32-39) para refletir o significado da perseverança no caminho da vida. O texto bíblico “fala aos cristãos que estão atravessando um momento difícil, de perseguição, assim como cada indivíduo atravessa fases de abatimento, quando não sente nada e há uma espécie de distanciamento na nossa alma. Momentos de desolação vividos pelo próprio Jesus".
Todos atravessamos fases de “desolação”, “momentos obscuros”, quando tudo parece perder o sentido, "mas é ali que os cristãos devem perseverar para chegar à promessa do Senhor, sem deixar-se abater ou retroceder”.
"A vida cristã não é um carnaval, não é festa e alegria contínua; a vida cristã tem momentos belíssimos e momentos ruins, momentos de torpor, de distanciamento, como disse, onde nada tem sentido... o momento da desolação. E, neste momento, seja pelas perseguições internas, seja pelo estado interior da alma, o autor da Carta aos Hebreus diz: 'Precisais de perseverança'. Sim. Mas perseverança para quê? 'para cumprir a vontade de Deus e alcançar o que ele prometeu'. Perseverança para chegar à promessa", reforçou.
Memória e esperança contra a desolação - Em sua meditação, o Santo Padre ainda ressaltou dois pontos essenciais como um tipo de “receita” contra a desolação: memória e esperança.
"Como o apóstolo, afirma que é preciso antes de tudo evocar na memória os momentos belos: os dias felizes do encontro com o Senhor, o tempo do amor. E, em segundo lugar, ter esperança em relação àquilo que nos foi prometido. A vida é feita desta lembrança, momentos belos e outros ruins, o importante é não deixar-se abater, não retroceder nas fases de dificuldade. Fazer resistência nos momentos ruins, mas uma resistência da memória e da esperança, uma resistência com o coração: o coração, quando pensa nos momentos belos, respira! Quando olha para a esperança, pode respirar também. É isto que devemos fazer nos momentos de desolação para encontrar a primeira consolação e a consolação prometida pelo Senhor", ensinou o Pontífice.
A perseverança dos mártires cristãos - Concluindo, o Papa lembrou da sua viagem apostólica à Lituânia, em setembro de 2018, e partilhou a forte impressão que o marcou ao ver a coragem de tantos cristãos, tantos mártires que “perseveraram na fé”.
"Também hoje, muitos, muitos homens e mulheres estão sofrendo por causa da fé, mas recordam o primeiro encontro com Jesus, têm esperança e vão avante. Este é um conselho que dá o autor da Carta aos Hebreus para os momentos inclusive de perseguição, quando os cristãos são perseguidos, atacados: 'Precisais de perseverança'. E quando o diabo nos ataca com as tentações, com as nossas misérias, é preciso sempre olhar para o Senhor, ter a perseverança da Cruz recordando os primeiros momentos belos do amor, do encontro com o Senhor e a esperança que nos aguarda”, encerrou.
Com informações do Vatican News.
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