Anualmente a CNBB promove a Campanha da Fraternidade (CF), que tem como objetivo principal a evangelização. Há um tema diferente escolhido a cada ano que é desenvolvido junto ao tempo da Quaresma e traz formações e reflexões.
Em 2019 a CF falará de Políticas Públicas. Em entrevista à Rádio Imaculada, Dom Frei Severino Clasen, Bispo Diocesano de Caçador (SC) e Presidente da Comissão para o Laicato dá uma mensagem acerca do Dia Internacional da Mulher e o início da quaresma. Ele é entrevistado por Gabriel Lopes.
- Qual a mensagem para o Dia Internacional da Mulher e início da quaresma?
Estimados amigos da Rede Milícia Sat, Paz e Bem!
A Campanha da Fraternidade nos lembra a importância da responsabilidade que todos temos com as políticas públicas, pois essa questão nos diz respeito do cuidado e do acolhimento como cidadãos de bem e que devemos ser protagonistas para que a cidade, o Estado, sejam o espaço que favoreça o bem viver e o desenvolvimento integral como também proteção de todos os cidadãos, como sinal do Reino de Deus entre nós. Não podemos nos acomodar, que nos roubem a esperança, a liberdade, o direto a saúde, a educação, ao trabalho e a moradia. Que o modo de rezar e agir sejam coerentes e que protejam a vida que está em nós, na natureza e em Deus.
O objetivo geral da Campanha da Fraternidade desse ano é: “estimular a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade”.
Os bispos e profissionais elaboraram as reflexões pertinentes para que durante a quaresma, quando destacamos a oração, o jejum e a esmola, incluamos todas as pessoas e preocupações que a Igreja tem para com seus filhos e filhas.
Nessa primeira sexta do mês da quaresma, Dia Internacional da Mulher, queremos iniciar este tempo reconhecendo a importância da mulher na sociedade e na Igreja.
Deus se revela. Levou ao céu de corpo e alma essa mulher, Maria Santíssima, a única sem o pecado original, portanto, mais do que os homens que nasceram numa família, ela é considerada pura e sem a mancha do pecado original.
Como nós tratamos a mulher na nossa sociedade? Que reconhecimento temos por tudo o que ela faz por nós, seja no afago e ternura do lar, na habilidade do mundo da educação, no cuidado da saúde, na sensibilidade do trabalho profissional, nas atividades pastorais, nas tantas iniciativas do cuidado e proteção da vida? Que nossas reflexões sejam sinceras, autênticas e não farisaicas, pois vivemos em tempos da discriminação, da violência, da pregação do ódio e a mãe de tantos filhos são jogados na sarjeta por não fazerem pacto com essa brutalidade que está aí na sociedade.
Despertemos na oração sincera nessa quaresma, para que as reflexões sejam fruto da vontade de Deus. Sejamos honestos no jejum e que coloquemos a vontade em seguir os preceitos de Deus acima da nossa própria vontade e paixões, que a esmola seja coerente para que todos os necessitados sejam alvo do nosso cuidado e nossa atenção, para que tenhamos uma cidade limpa, com Políticas Públicas conforme nas necessidades dos cidadãos e todos possamos viver com dignidade e liberdade dos filhos e filhas de Deus fazendo a passagem da morte para a vida.
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