Colunista

De volta para casa

Como é bonito poder evangelizar como queria São Maximiliano Kolbe, através dos meios de comunicação!

Escrito por MI

21 OUT 2022 - 00H00

Frei Patrício Sciadini
Carmelita descalso

Escrevi para O Mílite por muitos anos e sempre a família da Milícia da Imaculada, chefiada pelo meu amigo Frei Sebastião Quaglio, está no meu coração. Vivo no Egito há muitos anos e na minha visita rápida pelo Brasil, em julho, tive a alegria de visitar a Milícia da Imaculada para falar do lançamento do meu livro sobre os pais de Santa Teresinha, Zélia e Luiz Martin: “Pais santos gerando filhos santos”, publicado pela editora Angelus.

Vivemos numa sociedade em que faltam, em todas as áreas, lideres, modelos que no silêncio e com o testemunho possam transmitir valores inegociáveis como o amor, a paz, a coerência de vida.

Costumo dizer, e estou convencido, que a Igreja sempre nos surpreende com novas pastorais, segundo o momento histórico que estamos vivendo, outras pastorais que vão se juntando e outras que vão desaparecer.

É o mistério do amor de Deus que caminha conosco nas estradas da vida e nestas boas sementes geradas na era da digitalização. Deus é fiel e nunca abandona o seu povo. Aliás, nos momentos mais difíceis e de trevas, suscita luzes como São Maximiliano Kolbe ou Santa Edith Stein que, a partir dos campos de concentração, souberam gritar ao mundo que só o amor poderá nos salvar. Nesta visita pedi um espaçozinho para voltar a escrever em O Mílite e, de vez em quando, participar da programação de rádio, daqui do Egito.

Hoje em dia as distâncias não existem mais, somos todos vizinhos da porta ao lado para nos animar e lutar com os meios que temos, para derrubar os muros do egoísmo. Todas as pastorais são necessárias, mas entre todas, a pastoral da família é a mais importante.

Aliás, o caminho para “regenerar o mundo” é a família, célula inegociável de uma nova santidade e de um novo mundo. Por isso, tudo o que podemos fazer é cuidar para que as nossas famílias sejam verdadeiras Igrejas, cheias de esperança e de amor, e abençoadas por Deus. Estamos remando contra a correnteza da vida que apresenta, não a família unida, compacta pelo amor, mas sim uma “família” diluída, com um amor sem fundamento e uma busca de satisfações momentâneas. O diabo, mestre da superficialidade, constrói sempre sobre as areias movediças e não sobre a rocha viva que é Cristo.

Não sou um escritor, nem psicólogo, e nem doutor da pastoral familiar, sou um pobre viajante pelo mundo, que tem sempre os olhos e o coração abertos para poder compreender o que se passa. Busco como podemos - cada um de nós - levar para o oceano da humanidade, a nossa gota de água, o nosso pequeno tijolo, para que o coração não fique seco e sem amor.

São João da Cruz com uma frase simples, mas forte no seu conteúdo, diz: “Onde não há amor, coloque amor e receberá amor!”. É a nossa missão, e O Mílite é um veículo bom para transmitir o amor, cuidando sempre a amar quem nos deu o melhor de si e o melhor dom para a humanidade: Jesus. Sejamos semeadores da esperança, boas sementes que caem em todos os terrenos. Mas sempre, em todos os terrenos, tem um pequeno espaço de terreno bom, uma fresta onde cairá a semente que um dia dará frutos abundantes.

Sou feliz de voltar a escrever para a Milícia da Imaculada. Com minha pobreza quero ajudar a semear boas sementes e tenho certeza de que um dia irão produzir frutos abundantes. Que temas trataremos? Não sei. Espero algum conselho. A oração? Temas do nosso cotidiano? A Virgem Maria? O Evangelho? Não sei. Escreva um e-mail para revista@miliciadaimaculada.org.br e dê sua sugestão. O que sei é que, unidos, poderemos fazer muitas coisas, pequeninas, mas que nos ajudam sorrir.

Fonte: O Mílite

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