Por Alex Souza Em Saúde Atualizada em 14 OUT 2020 - 16H45

Treinamento de Força para Idosos

Treinar idosos é, acima de tudo, uma benção.




O cenário mundial aponta para o envelhecimento da população. O mundo está em processo de envelhecimento, e isso é inevitável, uma vez que, as pessoas estão vivendo mais.

A pergunta que fica: elas estão vivendo esses anos bem? Com saúde? Com autonomia? De forma planejada? E livre de doenças?

Existe uma gama de recursos que pode ajudar as pessoas a chegarem efetivamente nesse objetivo, entre eles, o treinamento de força (1), que são aqueles exercícios sistematizados, estruturados, estudados e muito bem direcionados pelos profissionais do exercício para trabalhar a valência força com detalhamento, já que ela é usada para tudo, desde a prevenção de deteriorações e deficiências físicas, e construção de músculos, até prevenção de quedas, estar mais alerta, ter melhor concentração (2) e melhor performance cognitiva (3).

A física denomina a força como uma grandeza cujo objetivo é vencer a inércia de um corpo por meio da modificação de sua velocidade. Ela pode ser também conceituada como a quantidade máxima de força que um músculo ou grupo muscular pode gerar em um padrão específico de movimento em determinada velocidade específica (4), além de ser uma capacidade física vital.

Ou seja, há uma importância muito grande para estar nessa categoria, pois precisamos dela para executar qualquer tarefa.

Quando falamos de treinamento de força para idosos, existe uma especificação no público e no nicho, isto é, maior atenção será dada a partir da ciência do exercício, da fisiologia, da anatomia, da cinesiologia, da biomecânica, da cinemática, da física, da gerontologia e da farmacologia para essa população em expansão.

As considerações que devem estar sempre em pauta são os gostos, os desgostos, o perfil, as limitações, as doenças, as dores, os remédios, a postura, os pontos fortes e fracos, o histórico de exercícios anteriores, o histórico familiar e o histórico pessoal, para que, com essa analise criteriosa e qualidade dessas informações, o portfólio de treinamento seja desenvolvido e sua prescrição assertiva, preservando a saúde ou gerando mais saúde.

Treinar idosos é, acima de tudo, uma benção. Eles te ensinam muito, prestam atenção, gostam de pequenos desafios e estão sempre atentos, além de serem responsivos ao treinamento (1). Não existe o impossível para eles quando você os ensina, quando você leva conteúdo, e, principalmente, quando você os trata com amor.

Por isso, os profissionais da era atual, precisam estudar sempre a fisiologia do envelhecimento para entender sobre os cuidados da longevidade e, sobretudo, serem verdadeiros especialistas em sua saúde.

Referências

1. FLECK, S. J. KRAEMER, W. J. Fundamentos do Treinamento de Força. Artmed, 2008.
2. BURTON E, FARRIER K, LEWIN G, et al. Motivators and barriers for older people participating in resistance training: a systematic review. J Aging Phys Act, 2016.
3. GOMES-OSMAN,J. et al. Exercise for cognitive brain health in aging. A systematic review for an evaluation of dose. Neurology, 2018.
4. KNUTTGEN, H. G. KRAEMER, W. J. Terminologyand measurement in exercise performance. Journal of Applied Sport Science Research, 1987.
Escrito por
Alex Souza (Arquivo pessoal)
Alex Souza

Alex Souza é bacharel e licenciado em Educação Física, pós-graduado em Fisiologia do Exercício e Treinamento Resistido, personal trainer, especialista em envelhecimento, mentor do "Grupo do Exercício e Fé", palestrante e escritor.

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