O mundo infelizmente é injusto, tem muita dor, muito sofrimento, mas é por causa do próprio ser humano que, ao invés de ouvir a voz do Senhor, que ao invés de procurar viver dentro do desígnio do amor de Deus, se fecha e se escraviza. Como disse Santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas: “O pecado é a primeira prisão na qual todos nascemos”. Também o apóstolo São Paulo nos diz em Romanos (7, 15): “Não consigo entender nem mesmo o que eu faço, pois não faço aquilo que eu quero, mas aquilo que mais detesto”. Muitas vezes somos submetidos a certas situações que podem nos obrigar a fazer o contrário daquilo que o Senhor espera que façamos.
No plano de Deus é preciso sempre considerar, como vimos lá no livro do Êxodo (3,7): “Eu vi muito bem a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor contra os seus opressores, conheço o seu sofrimento, por isso desci para libertá-los dos egípcios”. O nosso Deus é um Deus que entra na história e tem no Seu coração justiça e misericórdia. O nosso Deus é um Pai que quer que entre nós haja fraternidade e é por isso que nós não podemos nunca ser coniventes com nenhuma forma de injustiça, ou exploração. Por isso devemos cada vez mais ir aprendendo que a nossa fé não é somente um convite a viver uma experiência individual, pessoal com Deus, mas deve nos levar a um comprometimento social, uma relação com o outro.
Deus enxerga mesmo a realidade. Ele vê a dor, vê o sofrimento, vê a opressão, vê a injustiça. Ele vê o que cada um de nós está fazendo e se compadece, tem misericórdia. Assim também seja a nossa realidade, a nossa maneira de sentir, porque podemos estar vendo tudo e não enxergar nada, porque só se vê bem com os olhos do coração.
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