O Frei Sebastião Benito Qualio (OFM Conv.) presidiu a Santa Missa, no Santuário da Milícia da Imaculada, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Cor 3,1-9) e o Evangelho de hoje (Lc 4,38-44).
Nós sempre estamos aprendendo, a vida toda é um aprendizado. Quando não queremos aprender, nos fechamos. A criança nasce e segue aprendendo sendo orientada, ela sente a presença e o apoio dos adultos. Ela aceita até chegar a se tornar um jovem, um adulto, depois continua o aprendizado a vida inteira de outras maneiras. Jesus é o Deus que se revela e que mostra o mundo, então desconhecido, um mundo espiritual, que se não percebemos, perdemos o verdadeiro sentido de tudo. O segredo é Jesus, a chave é estar com Jesus, se deixar dirigir por Jesus.
São Paulo dava a vida pelo Evangelho, por Jesus, mas vejam quantos problemas as pessoas criavam, podemos ver pelas suas cartas. As pessoas ao invés de prestar atenção nas suas palavras e ensinamentos, elas olhavam para todas aquelas mesquinharias que colocavam uns contra os outros e tantas brigas em nome de Deus. O importante é procurar Jesus e aceitá-Lo na própria vida. Agora nós temos esta vantagem Ele não anda para cá para lá como nesse Evangelho, porque aí ele tinha uma presença limitada, pois ainda era física. Jesus foi procurado para curar a sogra de Pedro. Ele estendeu a mão para levantar a mulher. Ela, que estava imobilizada por causa da febre, começou a servir. Jesus mudou em pouco tempo a vida dela. A presença de Jesus muda tudo. Jesus realmente está conosco e ainda nos deu como presente a Sua mãe. Podemos sentir que dia e noite estamos com Jesus e Sua mãe. Que tipo de febre temos? Não importa! Jesus nos estende a mão, nos levanta do desânimo, da angústia, da solidão, da desorientação. Jesus veio e está sempre disponível para isso.
Estamos nesta pandemia. O que podemos fazer? Usar a mascar, lavar as mãos, manter a distância. Estamos realmente confinados. Não fiquemos confinados sozinhos, fiquemos com Jesus e Nossa Senhora. Vamos sentir uma força muito grande e vamos enxergar diferente. Qual é o significado dessa pandemia? Será que Deus quer falar alguma coisa? Será que humanidade tem que refletir e se voltar melhor um para o outro? Será que devemos parar de nos preocupar com tantas bobagens? Devemos dar mais atenção ao ser humano que se percebe tão frágil? Estamos acompanhando a subida dos números de doentes e mortes como se fossem simples notícias. Vamos cair na realidade. Uma vida é tudo.
Esta vida em nome de Deus é eterna, nem a morte tira essa riqueza. Vamos hoje convidar Jesus para que entre na nossa casa e sentir Jesus com Sua mãe ao nosso lado. Não vamos ter medo de nos considerar a crianças que precisam dos dois. Então vamos sentir a força e a coragem, vamos sentir também a disponibilidade para estender a mão aos outros. Apesar de que é difícil até sorrir com máscara, mas mesmo à distância podemos dar uma palavra e oferecer a nossa disponibilidade e solidariedade. Jesus está muito mais perto de nós do que nós podemos imaginar. Vamos com Ele viver com serenidade e coragem. Ele é a nossa força.
Nossa Senhora tem esse privilégio de estar presente neste sacramento, no nosso irmão e no nosso coração. Essa presença nunca nos deixa e quando temos essa presença na Eucaristia é uma presença forte. O próprio Cristo que nos torna parte Dele, para que se forme em nós um só corpo, uma só alma e seu espírito. Assim, sentiremos que somos parte de Jesus. Esse é o grande milagre de Eucaristia. Não depende das leis tridimensionais, tempo-espaço-matéria, mas é livre como espírito, como Deus. Vamos lembrar a presença de Jesus que não fica preso no tabernáculo. Seria como o som, que ninguém consegue prender, mas ele está presente com seus raios, em todo lugar, na terra, na floresta, no mar, nas montanhas, nas cidades, nos barracos, nos prédios. Jesus numa forma única e divina está presente conosco sempre.
A Eucaristia e a exposição do Santíssimo nos chama para essa realidade. Vamos também pedir a Nossa Senhora como crianças, para que ela cuide de nós. Precisamos dessa mãe, por isso todos os dias vamos nos colocar nas mãos dela como filhos.
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