João Batista pregava no deserto dizendo:: “Convertei-vos porque está próximo o reino dos céus”. Pois este é aquele de quem falou o profeta Isaías: Voz de quem clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas estradas. (...) O machado já está posto sobre a raiz das árvores; toda árvore, que não der bons frutos, será cortada e lançada ao fogo. Eu vos batizo com água em sinal de conversão. Depois de mim, porém, virá outro mais forte do que eu, de quem não sou digno de carregar as sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo. Com a peneira na mão limpará seu terreiro e recolherá o trigo ao celeiro, mas queimará a palha num fogo que não se apaga”.
Comentário
Já estamos no segundo domingo do Advento. Rapidamente caminhamos para o Natal. As lojas estão enfeitadas, as ruas iluminadas e não faltam as campanhas publicitárias para nos levar às compras.
A sociedade consumista, os meios de comunicação, as estratégias de marketing, a propaganda enganosa, enfim, tudo é usado para transformar a vinda de Jesus em grandes lucros financeiros. Gritam alto as vantagens de seus produtos e tentam esconder que Natal é o nascimento de Jesus.
Nada contra festas e presentes, porém, na maioria das vezes, o Aniversariante é o único que não ganha presentes. Bem que Jesus gostaria de participar da festa, mas não na condição de amigo secreto. Jesus quer mais! Ele quer ser um amigo declarado, um amigo autêntico, esse é o presente que Jesus tanto espera.
Não é preciso roupa nova, mesa farta, champanhe importada, nem presentes caríssimos para recepcionar Jesus. No evangelho de hoje, João adverte que a realidade é outra. Humildemente, João prega a conversão e nos convida a enxergarmos o verdadeiro lucro com a vinda do Salvador.
Com duras palavras João condena a hipocrisia, a falsidade e propõe mudança de vida profunda e sincera. João diz que não basta ser descendente de Abraão para ganhar a salvação. Não existem privilégios. O Reino de Deus não está reservado para um grupo de pessoas ou nação. Salvação é fruto de conquista e está ao alcance de todos.
Trazendo para os nossos dias as palavras do Batista, podemos concluir que não basta ser batizado e chamado de cristão para ganhar a salvação. O Batismo e a Santa Missa não foram instituídos para esconder o comodismo, o individualismo e a falsa santidade. De nada vale o título de cristão, sem conversão.
Desde o tempo de Jesus que o mundo é dominado por uma pequena minoria. Já naquela época existiam reis, governantes, homens públicos e empresários corruptos e injustos. O povo sofrido e marginalizado sonhava com mudanças e aguardava ansiosamente a vinda do Messias que iria reverter essa situação.
João Batista, assim como outros profetas, exortava o povo a não desanimar. Anunciavam que o enviado do Senhor transformaria o sofrimento em alegria. Os opressores seriam aniquilados. Os pobres e oprimidos teriam voz e vez.
Por tudo isso João era tão procurado, principalmente pelos fariseus e saduceus. Os donos do poder econômico e religioso, acostumados ao dinheiro, acreditavam poder comprar a salvação.
Os fariseus viam no batismo um refúgio, a porta de entrada para desfrutar das regalias do Paraíso. O povo humilde e simples, desejoso de mudanças, acata o conselho do Batista e dá um grande passo para ganhar seu lugar no novo Reino.
Apesar de não entender totalmente e, numa clara demonstração de fé, o povo aceita as palavras de João. Na esperança da chegada do Messias, o povo abre o coração, reconhece seus erros, converte-se e recebe o batismo.
Batismo é sinal de conversão e conversão é sinônimo de mudança. Para que mudanças aconteçam, é preciso endireitar e aplainar o caminho. Aplainar quer dizer nivelar, eliminar as enormes diferenças que colocam alguns lá em cima e milhares, lá em baixo. Portanto, lutar por mudanças é missão do cristão batizado. Essa é a Boa Notícia de hoje!
“Eram como ovelhas que não têm pastor”
O comentário teológico desta atividade messiânica é realizado por uma frase bíblica: “eram como ovelhas sem pastor”. Moisés diante de sua morte pede a Deus que estabeleça como chefe da comunidade “um homem que os preceda no entrar e no sair... para que a comunidade do Senhor não seja um rebanho sem pastor” (Nm 27,17). Como Josué tomará o lugar de Moisés, assim, os discípulos continuarão a missão de Jesus, o pastor messiânico que guia e protege a comunidade cansada e abatida. A motivação profunda do compromisso messiânico-salvífico de Jesus, que deve prolongar-se na missão dos discípulos, está na compaixão, naquele amor gratuito e ativo que o impulsiona a intervir para aliviar as misérias do povo, (Mt 14,14; 15,32; 20,34).
O anúncio do Anjo Gabriel à Maria
Frei Sebastião medita sobre o tema: Milite, renove hoje o teu sim como Maria
5º Domingo da Páscoa l 28 de abril de 2024
Estamos no Quinto Domingo da Páscoa. Hoje Jesus nos fala da videira e dos seus ramos. Um exemplo muito fácil de ser entendido, principalmente porque Jesus estava falando para agricultores, pessoas que sabiam muito bem porque a videira devia ser podada. Eles sabiam o quanto a poda é benéfica para a planta.
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