Jesus estava passando e viu um homem que era cego de nascença. Os discípulos perguntaram-lhe: “Mestre, quem foi que pecou, ele ou seus pais, para ele nascer cego?” Jesus respondeu: “Ninguém pecou, nem ele nem seus pais, mas é para que as obras de Deus se manifestem nele. (...) Jesus cuspiu no chão, fez um pouco de lama com a saliva, passou nos olhos do cego e disse: “Vai lavar-te na piscina de Siloé”. O cego foi, lavou-se e voltou vendo. (...) Perguntaram-lhe: “Como se abriram os teus olhos?” Ele respondeu: “O homem chamado Jesus fez um pouco de lama, passou nos meus olhos e disse: ‘vai a Siloé lavar-te’. Fui, lavei-me e recuperei a vista”. (...) Se este homem não fosse de Deus, não poderia fazer nada”. Eles disseram: “Tu nasceste em pecado e nos queres ensinar?” E o expulsaram. Jesus soube que o haviam expulsado e, quando o encontrou, perguntou-lhe: “Crês no Filho do homem?” “Quem é ele, Senhor, para que eu creia nele?” – respondeu. Jesus lhe disse: “Tu o estás vendo: é aquele que fala contigo”. “Creio, Senhor”, disse ele, e prostrou-se diante de Jesus. E Jesus disse: “Eu vim a este mundo para fazer uma separação: a fim de que os cegos vejam, e os que vêem se tornem cegos”. Alguns dos fariseus presentes ouviram isto e perguntaram: “Por acaso também nós somos cegos?” “Se fôsseis cegos – disse-lhes Jesus – não teríeis pecado; mas como dizeis: ‘vemos’, o vosso pecado permanece”.
Estamos no quarto Domingo da quaresma. Continuamos confiantes nossa caminhada, preparando-nos para a Páscoa da Ressurreição do Senhor. No evangelho de hoje, João relata um milagre de Jesus.
Trata-se da cura de um cego de nascença. É um texto longo e muito rico de conteúdo. Nele Jesus se revela como Luz do mundo. E mostra também que os sofrimentos e as desgraças desta vida não são castigos de Deus.
Deus é Pai, é Amor e Perdão, não castiga ninguém, somente ama. Ama sobretudo aqueles que erram. A misericórdia de Deus é muito maior que os nossos pecados. Os discípulos de Jesus querem saber o porquê da cegueira. Que pecado ele ou seus pais cometeram para que fosse acometido de tamanha desgraça?
A ideia religiosa dominante naquele tempo era de que os sofrimentos, a doença e a pobreza eram castigos de Deus. Jesus corrige essa maneira de pensar que não deixava as pessoas enxergarem a realidade opressora em que viviam.
Culpar a Deus pelas desgraças e dissabores aumenta o sofrimento, impede a libertação, além de inocentar os opressores e donos do poder. A missão de Jesus e nossa como seus seguidores, é apresentar ao mundo o Projeto de Deus, que nos criou para sermos livres, felizes e construtores da nossa própria história.
As duras discussões dos fariseus com o antigo cego e, depois, com Jesus, mostram que o apego ao poder e o abuso de autoridade causam cegueira e fechamento do espírito. Como os poderosos não querem enxergar a verdade, Jesus os adverte dizendo que eles permanecerão no seu pecado.
É importante ressaltar que o cego curado, agora já restituído à sua dignidade como pessoa, discute com os fariseus em pé de igualdade. De forma bastante clara, aquele que era cego, deixa transparecer a sua fé e passa a dizer verdades duras que são recebidas como verdadeiras ofensas pelos fariseus.
Quando se tem culpa no “cartório”, algumas palavras não são nada, nada agradáveis: imagine os fariseus ouvindo isto: “Eu era cego e agora vejo... Deus não ouve os pecadores... Esse homem é um profeta”. A ousadia do cego ao contestar a sabedoria dos fariseus, e proclamar sua fé, custou-lhe a expulsão da sinagoga pelos donos do poder.
Realmente, fé é algo que não combina com autoritarismo e apego ao poder. Mesmo que isso lhe custe a própria vida, o verdadeiro cristão precisa proclamar a humildade e gritar bem alto a sua fé em Jesus, a Verdadeira Luz, que retira das trevas, que devolve ao cego a luz dos olhos e dá ao mundo a luz da fé.
Vamos encerrar nossa meditação com esta singela oração: “Aumenta Senhor a minha fé e abre meus olhos para o amor, para a justiça e para a fraternidade. Guia meus passos e me dê coragem para enfrentar os opressores”.
Com a fé daquele cego, certamente, nós vamos mudar. E, quando nos perguntarem o porquê dessa mudança, com muita convicção diremos: “Eu era cego e agora vejo!”
O Imaculado Coração de Maria: Caminho que conduz a Deus
A devoção ao Imaculado Coração de Maria começou com os primeiros cristãos que buscavam nele um local de meditação dos mistérios de Cristo. Um coração de mãe, que acolhe e ama a todos. Clique no link e venha conhecer mais sobre essa história de fé!
17º Domingo do Tempo Comum
Este Evangelho ressalta que Jesus está num determinado lugar, rezando. Aliás, em diversas passagens bíblicas encontramos Jesus orando. Seja no deserto, na montanha ou na sinagoga, Jesus sempre destinou alguns minutos, horas, e até mesmo alguns dias para a oração.
16º Domingo do Tempo Comum
Na liturgia deste domingo encontramos Jesus em Betânia, na casa de duas irmãs. Marta e Maria são também irmãs de Lázaro. Todos os três sempre foram grandes amigos de Jesus.
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