Por Padre Clemilson Teodoro Em Formação

A Folia de Reis

A tradição da Folia de Reis sobrevive aos tempos da modernidade e urbanização.

Divulgação
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A festa da Folia de Reis vem das terras portuguesas. Uma dança rápida ao som do pandeiro, cheia de cantos repetidos. Misturando cantos de devoção ao Divino Espírito Santo, com bandeiras e cantos devocionais e a homenagem ao Menino de Belém, torna-se uma espécie de confraria meio sagrada, meio profana, instituída para enxotar maus espíritos e para anunciar ao povo que o Natal tinha chegado.

Separando-se mais tarde da Folia do Divino, a Folia de Reis, com seus foliões peregrinando pelas casas sempre à noite (diversamente da Folia do Divino que caminha durante o dia) e esmolam ingredientes para a grande festa dos Reis Magos.

Marcham desde o dia 24 de dezembro até os primeiros dias de janeiro. Isto teoricamente, pois sabendo o tempo necessário para cumprir a missão de visitar e cantar em todas as casas que abrem suas portas, iniciam mesmo antes as suas andanças, normalmente no dia 13 de dezembro, dia de Santa Luzia. Nas casas que não abrem as portas, que é muito raro, devem cantar poucas músicas e então partir. Contrariamente, não podem saltar nenhuma casa e caminhando pelas estradas, devem ir até a última casa avistada. Nenhuma casa deve ser excluída da bênção da Bandeira dos Reis.

Cantam cantos simples e de refrões repetitivos, no que se fazem acompanhar pelo povo. Seus instrumentos são o violão, o cavaquinho, o pandeiro, o pistão e outros instrumentos feitos artesanalmente pelos próprios cantores da folia. O chefe da folia é o alfares da folia de Reis, que organiza as duas festas com os presentes recebidos; uma na Festa dos Santos Reis (06 de janeiro) e outra, menos comum, na Festa da Candelária (02 de fevereiro). (do livro: Natal, festa de luz e alegria: Paulus. 2010)

Escrito por
Padre Clemilson Teodoro
Padre Clemilson Teodoro

Presbítero da Diocese de Santo André, em São Paulo. Padre Clemilson nasceu em Caratinga, Minas Gerais, e entrou no seminário do Instituto dos Missionários da Imaculada Padre Kolbe, em Santo André, no dia 23 de março de 1998. Atualmente colabora com a Obra escrevendo matérias de formação para o Portal da MI.

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