A parábola do semeador, ou melhor, das sementes produtivas e improdutivas, refere-se às diferentes reações à pregação de Jesus sobre o Reino dos Céus. Com efeito, Ele experimentou um doloroso fracasso em sua missão, pois os líderes judeus O hostilizavam e combatiam e a multidão, antes entusiasta, começou a abandoná-Lo (cf. Jo 6,60-71). É nesse contexto de crise caracterizada por oposição e deserção que Jesus conta a parábola do semeador, para afirmar que, embora sua missão tenha sofrido um duro revés, não foi terminantemente aniquilada. Pois Ele mesmo é o semeador que espalhou generosamente as sementes do Reino de Deus na história humana e nada poderá impedir que sua força salvífica se irrompa no futuro. Assim como entre a semeadura e a colheita há uma ligação estreita e necessária, também entre sua missão e a vinda do Reino há um vínculo indissolúvel.
Na perspectiva eclesial do evangelho de Mateus, a questão central da parábola é a “escuta da Palavra do Reino”. Tal escuta opera uma clara distinção entre a multidão a quem Jesus fala em parábolas, à beira da praia, e os discípulos a quem Jesus, em casa, explica os “mistérios do Reino”. Para Mateus, esse grupo privilegiado se identifica com os doze discípulos, que se tornam, na verdade, o modelo ideal de Igreja, a quem é dirigido o Evangelho, pois à comunidade cristã é dado entender “os mistérios do Reino dos céus” (v.11), quer dizer, o projeto secreto e definitivo de Deus sobre a história humana, sua realeza e senhorio no mundo, revelado e realizado por Jesus Cristo, em seu destino misterioso e paradoxal de rejeição, sofrimento e humilhação.
Os discípulos são bem-aventurados, portanto, por ver, escutar e compreender a Palavra de Jesus que os torna herdeiros do Reino. Os judeus são cegos e surdos, estranhos à revelação salvífica de Deus, exatamente por não acolherem tal palavra. Assim, os vários tipos de terreno, que indicam as diferentes acolhidas da palavra, resumem-se, na verdade, a apenas dois: quem ouve a palavra e não a compreende (cf. v.19) e quem a ouve e compreende (cf. v.23).
“Quem ouve a Palavra do Reino de Deus” é o fiel, membro da comunidade, que acolheu o primeiro anúncio do Evangelho e também recebeu ulteriores ensinamentos, mas não os compreendeu. Não se trata, obviamente, de uma compreensão intelectual, mas de uma assimilação personalizada, amadurecida na experiência, que leva a um agir correspondente. A partir da realidade da comunidade de Mateus, há duas principais ocasiões em que o fiel é posto à prova na escuta e entendimento da Palavra: a primeira é motivada pelo ambiente externo de tribulações e perseguições que o levam a abandonar o testemunho da fé cristã; a segunda possui uma causa interna: é quando o cristão se envereda na busca de bens materiais e nas preocupações do mundo de modo a sufocar em si a Palavra, impedindo-a de dar frutos (cf. v.22).
O ouvinte bem-aventurado, simbolizado pelo terreno bom, é quem escuta a Palavra e a compreende, isto é, ele a põe em prática de modo ativo e perseverante, sem se deixar vencer pelo medo das provações e sem permitir que outras coisas tomem o lugar de Cristo em sua vida.
Festa da Santíssima Trindade
Hoje a Igreja comemora uma grande festa, que nos enche de alegria. Comemoramos hoje a unidade. Celebramos a Festa da Santíssima Trindade: Deus, que é Pai, que é Filho, e que é Espírito Santo.
Domingo de Pentecostes
Hoje celebramos Pentecostes. Completam-se cinquenta dias da Páscoa da Ressurreição de Jesus. Quase dois meses depois que Jesus se foi, nós encontramos seus discípulos trancados no cenáculo, por medo dos judeus.
Ascensão do Senhor
No Evangelho deste domingo (29) vamos meditar sobre a Ascensão do Senhor. Acesse e reflita com a gente o Santo Evangelho de hoje!
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