Marcos escreve seu evangelho nos anos sessenta depois de Cristo, ou seja, uns trinta ou quarenta anos após a morte de Jesus. Nessa época, ainda era muito forte, na comunidade cristã, a expectativa da volta iminente de Jesus para realizar o juízo final. Com o capítulo treze, o evangelista pretende corrigir os exageros e relançar seus ouvintes para uma expectativa amadurecida da vinda do Senhor, tirando desse evento as consequências úteis para a vida de fé da comunidade. À pergunta sobre “quando” ocorrerá a segunda vinda do Senhor, Marcos responde que nem o Filho, mas somente o Pai sabe. Essa afirmação não toca questões teológicas posteriores sobre a divindade de Jesus, ou seja, sendo em tudo igual a Deus Pai deveria também participar de sua onisciência e, portanto, saber do momento exato da consumação dos séculos. Porém, com o “não saber” do Filho, o evangelista pretende tão somente afirmar de uma maneira categórica, que nada pode ser dito com exatidão, sobre o momento da vinda do Senhor no fim dos tempos. O que importa, portanto, é saber viver o presente a partir desse encontro definitivo com o Senhor, como empregados vigilantes esperando seu patrão voltar em hora inesperada (cf. Mc 13,33-36). Em outros termos, os discípulos que se mantiverem fiéis no seguimento de Jesus, perseverando até o fim (cf. Mc 13,13), não precisam temer nada, pois estarão certamente entre os eleitos do Filho do Homem, quando vier em Sua glória (cf. Mc 13,26).
Para livrar sua comunidade do frenesi alienante provocado pelos horrores da guerra romano-judaica (66-70 d.C.), os quais eram interpretados como o fim dos tempos que marca a imediata manifestação do Senhor, Marcos afirma que tais acontecimentos são apenas sinais do que está por vir. É preciso estar preparados e julgar as coisas a partir do fim. Nesse clima de espera, sem saber o momento exato, deve-se confiar nas palavras de Jesus e deixar-se guiar pelo Pai.
Jesus de Nazaré crucificado voltará, sem dúvida, no fim dos tempos, nas nuvens, isto é, em sua condição plenamente divina para realizar o juízo universal. Tal momento, porém, não é do conhecimento de ninguém, exceto de Deus. A destruição de Jerusalém e das instituições judaicas são apenas sinais, as dores de parto que assinalam o nascimento de um mundo novo. Pois, os eleitos do Filho do Homem serão gente de todos os cantos da terra que acolheram o Evangelho e o proclamaram a todas as nações (13,10), e permanecendo fiéis à mensagem de Jesus suportaram perseguições e morte (13,13). Eles constituem a Nova Humanidade que está sendo gerada ao longo da história. Portanto os horrores presentes são, no fundo, positivos e suscitam a esperança. São como as folhas da figueira que anunciam a chegada do verão e a abundância de frutos.
Enfim, o evangelho não pretende descrever o juízo final da história, mas sim, suscitar a esperança dos cristãos, em meio a sérias provações, esclarecendo que Deus continua sendo o Senhor da história e a conduzirá até seu desfecho final.
17º Domingo do Tempo Comum
Este Evangelho ressalta que Jesus está num determinado lugar, rezando. Aliás, em diversas passagens bíblicas encontramos Jesus orando. Seja no deserto, na montanha ou na sinagoga, Jesus sempre destinou alguns minutos, horas, e até mesmo alguns dias para a oração.
16º Domingo do Tempo Comum
Na liturgia deste domingo encontramos Jesus em Betânia, na casa de duas irmãs. Marta e Maria são também irmãs de Lázaro. Todos os três sempre foram grandes amigos de Jesus.
15º Domingo do Tempo Comum
O Evangelho de hoje fala de solidariedade e compaixão. Ressalta o amor a Deus que só podemos expressar através do amor ao próximo. O amor ao próximo é o filtro que purifica e que complementa o amor que devemos prestar ao nosso Deus.
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