Mistérios Dolorosos - Jesus é coroado de espinhos

Leitor 1. Meus irmãos e irmãs, nos reunimos hoje para contemplarmos juntos este mistérios da vida de Jesus, e poder assim seguir seus passos, os quais nos mostram que Jesus teve a coragem de enfrentar a morte por amor, pois resulta em libertação dos males. O caminho do sofrimento de Jesus, Sua entrega total na cruz se reverte em vida para todos, especialmente para os pobres e oprimidos. Seguir Jesus na via dolorosa é condição indispensável para ser discípulo ou discípula dele. Com ele não devemos ter medo da cruz. Depositemos nossas intenções e pedidos com muita confiança e amor no coração da Mãe que tanto nos ama e quer bem.

Todos. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amem.

L2. Proclamação do Evangelho segundo Marcos 15,16-20.

L3. A tentação, a ira e o ódio acumulado pelos soldados contra o povo judeu foi descarregado no pobre Jesus. Que fácil era se aproveitar dele nessa situação. Tudo estava a favor deles, pois eram muitos e fortes. Nada e ninguém os impedia de fazer e dizer o que quisessem. E de fato o fizeram! O humilharam, o maltrataram, o espancaram, e Jesus fiel à Sua missão encomendada pelo Pai, não fez nada, a não ser sofrer.

L4. Estamos diante de uma das cenas mais lamentáveis da humanidade. E que a teve que padecer foi Jesus, o Cordeiro de Deus: “Sem defesa, o levaram e ninguém se preocupou com Sua sorte” (cfr Is 53, 8) nos disse o profeta Isaias. A paixão de Jesus nos mostra que o caminho cristão não é fácil. A gente se expõe a qualquer e todo tipo de abuso. E disto nossa natureza humana sempre se defende, tentando fugir do que nos ameaça. Por isso, ser fiel a Deus é uma virtude que custa muito a ser alcançada.

L1. Porém, Jesus nos mostra que a fidelidade nos leva à verdadeira vitória. Seguindo Seus passos, tendo um coração fiel a Deus, sem dúvidas passaremos por momentos duros e difíceis. Mas, sabemos que chegaremos a “um novo céu e uma nova terra” das que nos falam Isaías e São João (em Is 65,17 e Ap 21,1). Deste modo, sem duvida vale a pena sofrer por fidelidade a Deus.

L2. O Papa João Paulo II nos recorda que: “Os Evangelhos dão grande relevo aos mistérios da dor de Cristo. A piedade cristã desde sempre, especialmente na Quaresma, através do exercício da Via Sacra, deteve-se em cada um dos momentos da Paixão, intuindo que aqui está o ápice da revelação do amor e a fonte da nossa salvação. O Rosário escolhe alguns momentos da Paixão, induzindo o orante a fixar neles o olhar do coração e a revivê-los. O itinerário meditativo abre-se com o Getsémani, onde Cristo vive um momento de particular angústia perante a vontade do Pai, contra a qual a debilidade da carne seria tentada a revoltar-se. Ali Cristo põe-Se no lugar de todas as tentações da humanidade, e diante de todos os seus pecados, para dizer ao Pai: « Não se faça a minha vontade, mas a Tua » (Lc 22, 42 e par). Este Seu “sim” muda o “não” dos pais no Éden. E o quanto Lhe deverá custar esta adesão à vontade do Pai, emerge dos mistérios seguintes, nos quais, com a flagelação, a coroação de espinhos, a subida ao Calvário, a morte na cruz, Ele é lançado no maior desprezo: Ecce homo!” (Rosarium Virginis Mariae 22a).

T. 1 Pai Nosso e 10 Ave Maria.

L3. “Neste desprezo, revela-se não somente o amor Deus, mas o mesmo sentido do homem. Ecce homo: quem quiser conhecer o homem, deve saber reconhecer o seu sentido, a sua raiz e o seu cumprimento em Cristo, Deus que Se rebaixa por amor « até à morte, e morte de cruz » (Fil 2, 8). Os mistérios da dor levam o crente a reviver a morte de Jesus pondo-se aos pés da cruz junto de Maria, para com Ela penetrar no abismo do amor de Deus pelo homem e sentir toda a sua força regeneradora” (Rosarium Virginis Mariae 22b)

L4. Maria, das dores!

T. Rogai por nós.