O sacerdote, outro Cristo
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O sacerdote, outro Cristo

O sacerdote, outro Cristo

Paulo Teixeira

Escrito por Paulo Teixeira

25 SET 2018 - 10H09 (Atualizada em 14 JAN 2021 - 15H42)

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Papa Paulo VI

“Maximiliano Kolbe, beato. O que isso quer dizer? Quer dizer que a Igreja reconhece nele uma figura excepcional, um homem no qual a graça de Deus e a sua alma se encontraram para produzir uma vida maravilhosa na qual, quem bem a observa, descobre esta simbiose de dúplice princípio operativo, o divino e o humano, transcendente, mas interior um, natural, mas complexo e dilatado até alcançar o perfil de grandeza moral e espiritual que chamamos santidade. Isto é, a perfeição alcançada no parâmetro religioso que, como se sabe, corre em direção as alturas infinitas do Absoluto. Beato, logo, dizer digno daquela veneração, isto é daquele culto que implica a admiração para quem é reflexo do espírito santificante. 

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Papa Paulo VI e Franciszek Gajowniczed, o homem salvo por São Maximiliano

Beato quer dizer salvo e glorioso. Quer dizer cidadão do céu, com todos os sinais peculiares do cidadãod a terra; quer dizer irmão e amigo, que sabemos, mais do que nunca nosso porque se identificou como membro operoso da comunhão dos santos, a qual é o corpo místico de Cristo, a Igreja vivente no tempo e na eternidade.

Quem não se recorda do episódio incomparável? “Sou um sacerdote católico”, disse Kolbe oferecendo a própria vida à morte, e qual morte! Para poupar a vida de um companheiro desconhecido de desventura, já designado para a cega vingança. Foi um momento grande: a oferta foi aceita. Esta nascia do coração treinado para o dom de si, como natural e espontânea conseqüência lógica do próprio sacerdócio. Não é um sacerdote um “outro Cristo”? Não foi Cristo sacerdote a vítima redentora do gênero humano? Que glória, que exemplo para nós sacerdotes ver neste novo beato um interprete da nossa consagração e da nossa missão”.

Trecho da homilia na cerimônia de beatificação de Maximiliano Kolbe em 17 de outubro de 1971

Escrito por
Paulo Teixeira
Paulo Teixeira

Jornalista formado na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), atua como editor responsável das revistas O Mílite e Jovem Mílite há mais de quatro anos. É autor do livro "A comunicação na América Latina".

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