Por Diego Lima Em Formação

Qual é o seu chamado?

No mês das vocações, estejamos alertas ao chamado de Deus

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Neste mês de agosto, a Igreja nos convida a celebrar a vocação. Esta temática foi instituída em 1981, durante a 19a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o principal objetivo de conscientizar as comunidades da responsabilidade que compartilham no processo vocacional. Mas vamos por partes.

Primeiramente, o que é vocação? Ao nos encontrarmos com essa palavra, muitas vezes ligamos às imagens de padres e freiras, ou até mesmo com a escolha profissional. Mas, na verdade, trata-se de um entendimento muito mais amplo. O termo “vocação” vem do latim vocare e significa “chamar”. Ou seja, a vocação é o mesmo que chamado e todo chamado requer uma resposta. A resposta é sempre opção livre de quem é chamado.

No âmbito religioso, trata-se de um chamado de Deus. E esse chamado é pessoal, tem características bem singulares para cada um de nós. Por isso, é fundamental que estejamos atentos para qual caminho Deus nos convoca. Afinal, a vocação é para todos. Assim, qualquer um de nós podemos ser chamados a trilhar um caminho. Mas calma, antes de tudo é preciso conhecer os tipos de vocação e refletir sobre o seu futuro pessoal, esses são passos fundamentais para o amadurecimento.

Entre os variados tipos de chamados, costuma-se distinguir alguns principais tipos de vocação. Mas, ao contrário de como se possa imaginar, um tipo não exclui o outro, mas se sobrepõem e se completam. Neste mês, a celebração litúrgica é dedicada a uma vocação específica, de modo particular aos domingos. Por isso, é costume comemorarmos as diversas vocações a cada semana, mas sempre celebrando a primeira e maior de todas as vocações: o chamado à vida! Todos somos chamados à vida como o próprio Jesus enfatiza: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Da mesma forma, Jesus é essencialmente a vida: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6).

Também todos somos chamados à santidade. Papa Francisco, na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, nos fala sobre essa convocação no mundo atual. “Quero recordar com esta Exortação sobretudo a chamada à santidade que o Senhor faz a cada um de nós, a chamada que dirige também a ti: ‘Sede santos, porque Eu sou santo’ (Lv 11,45; cf. 1 Ped 1,16)”, escreve o Santo Padre que complementa: “Isto deveria entusiasmar e animar cada um a dar o melhor de si mesmo para crescer rumo àquele projeto, único e irrepetível, que Deus quis, desde toda a eternidade, para ele: ‘Antes de te haver formado no ventre materno, Eu já te conhecia; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei’ (Jr 1,5)”.

Vocações de cada semana

Logo na primeira semana, é o dia das vocações aos ministérios ordenados. Comemoramos o Dia dos Padres e das vocações diaconais. Esta comemoração também faz referência aos dias de São João Maria Vianney (patrono dos padres, dia 04/08) e de São Lourenço (patrono dos diáconos, dia 10/08).

Na semana seguinte, temos o Dia dos Pais. No Brasil, esse dia é comemorado no segundo domingo de agosto porque antigamente o dia de São Joaquim (pai de Nossa Senhora), era celebrado no dia 16. Por conta desse fato, o segundo domingo é marcado pela comemoração à vida matrimonial.




A vida consagrada é celebrada no terceiro domingo. Aqui, recorda-se a vocação de religiosos, religiosas, consagradas e consagrados nos vários institutos e comunidades de vida apostólica, e nas novas comunidades. Exemplos são os Institutos das Missionárias e dos Missionários da Imaculada-Padre Kolbe, e os Frades Menores Conventuais que atuam diretamente na Milícia da Imaculada.

No quarto domingo, a liturgia nos recorda o Dia do Catequista, daí a celebração do dia da vocação do cristão leigo tanto na sua presença na Igreja como também em seu testemunho nos vários ambientes de trabalho e vida. Sua tarefa é transformar tudo isso conforme o projeto de Jesus Cristo, auxiliando na construção do Reino de Deus e criando fraternidade.

Escrito por
Diego Lima
Diego Lima

Jornalista e consagrado a Nossa Senhora pelo método de São Maximiliano Kolbe, Diego escreve para a revista Jovem Mílite.

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