Santos

Santa Zita, padroeira das empregadas domésticas

A trabalhadora que não se sentia escrava.

Escrito por Frei Diogo Luís Fuitem

27 ABR 2020 - 00H00 (Atualizada em 17 AGO 2021 - 10H40)

No dia 27 de abril, lembramos Santa Zita, padroeira das empregadas domésticas, que viveu a maior parte de sua vida no emprego doméstico em uma época em que não havia as leis de proteção social como na atualidade. No entanto, ocupando serviço rotineiro do lar, não se sentia escrava. Zita nasceu em Monsagrati, cidade da amena região da Toscana, na Itália, em 1218. Seu nome, na linguagem local, tinha o significado de mocinha. Os pais lavradores, sendo bastante religiosos, transmitiram à filha a delicadeza e a responsabilidade no cumprimento dos deveres religiosos e comunitários.

Em Santa Zita, os trabalhadores do lar, hoje chamados de colaboradores familiares, encontram exemplo e estímulo para realizar as tarefas mais rotineiras como varrer a casa, preparar refeições e outros serviços para que sejam executados com afinco

Aos 12 anos, Zita foi trabalhar na casa da rica família Fatinelli, na cidade de Lucca. Ficou hospedada na casa de Pagano Fatinelli, que administrava um estabelecimento de tecidos e tinha em casa um bom número de criados. Não havendo leis protetoras, os empregados mal recebiam o necessário para sobreviver. Não faltavam atitudes de imposição e até de grosserias por parte dos patrões com relação aos empregados. Zita mantinha-se serena diante disso. Aos poucos, foi ganhando a confiança dos patrões que passaram a valorizar sua prestação de serviços.

A estima deles cresceu tanto que lhe entregaram o cuidado das crianças. Tornou-se assim como que a governanta da casa. Valendo-se disso, fornecia alimento às pessoas necessitadas e famintas que vinham, numerosas, bater à porta da residência. A entrega ao trabalho e a intensa vida de oração que ela cultivava, lhe mereceram grande respeito. Desse modo, da desconfiança e do desprezo pela situação humilde de suas origens, ela passou a receber encargos e, sobretudo, admiração por parte da família e das pessoas que tinham contato com ela. Costumava, nos tempos livres, visitar doentes e prisioneiros levando-lhes o conforto da fé. Sobreveio para ela a enfermidade, seu organismo não resistiu, falecendo, na casa dos Fatinelli, aos 60 anos de idade.

Seu túmulo, na Basílica de São Frediano, começou a atrair muitos fiéis, sendo meta de peregrinação para as pessoas de todas as classes. Em Santa Zita, os trabalhadores do lar, hoje chamados de colaboradores familiares, encontram exemplo e estímulo para realizar as tarefas mais rotineiras como varrer a casa, preparar refeições e outros serviços para que sejam executados com afinco. Trata-se de tarefas de grande valia para o cotidiano das famílias. Que os trabalhadores e trabalhadoras do lar possam receber consideração e gratidão pelos serviços prestados. Sejam também devidamente remunerados pelos serviços prestados de acordo com a legislação trabalhista. Seja Santa Zita inspiradora de que nada é insignificante e tudo é valioso se feito com amor!

Santa Zita, rogai por nós!

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Por Frei Diogo Luís Fuitem , em Santos

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