Por Frei Diogo Luís Fuitem Em Santos

Os exemplos das Santas Perpétua e Felicidade

Elas morreram como mártires, isto é, testemunhando a fé cristã, nos primeiros tempos do cristianismo


Santas Perpétua e Felicidade


São duas santas que figuram no antigo cânon da Missa, e, portanto, tiveram grande veneração pelo martírio que sofreram. A memória delas é celebrada pela Igreja no 07 de março. De fato, em 202 d.C., o Imperador Setímio Severo divulgou um decreto pelo qual não só os cristãos já batizados, mas também os catecúmenos, isto é, aqueles que se preparavam para abraçar o cristianismo, deviam ser presos.

O decreto valia para todo o Império Romano, inclusive para o Norte da África onde viviam Perpétua, uma jovem nobre, casada e mãe de um filho; e Felicidade que era escrava e estava grávida. Acusadas de serem cristãs, foram presas e levadas para a cidade de Cartago com outros catecúmenos. Lançadas na prisão, aguardavam o julgamento.

No meio dos sofrimentos do cárcere, Perpétua escreveu um diário que é um documento dos mais comoventes da história da Igreja. Para ela a prova mais difícil foi uma visita do pai que lhe suplicava: “Filha, tem piedade dos meus cabelos brancos! Olha tua mãe, teus irmãos, teu filhinho que não poderá viver sem ti”, e pedia que renunciasse à sua fé cristã para ficar livre de qualquer suplício. Tanto ela, Perpétua, como Felicidade mantinham-se firmes, preferindo a morte antes de negar o Senhor de suas vidas, Jesus Cristo.

Na prisão, ambas receberam o Batismo. Felicidade deu à luz ao seu filho. No interrogatório confessaram a fé e, por isso, foram condenadas à morte sendo levadas ao circo, em Cartago, onde se celebravam os jogos. Perpétua e Felicidade foram jogadas a touros muito bravos. Sendo atacada pelos animais, Perpétua foi lançada pelos ares. Caindo no chão foi logo socorrida por Felicidade e assim ficaram em pé, rezando juntas, até o momento em que foram mortas pelos gladiadores.

Desse martírio existem testemunhos valiosíssimos que foram redigidos na forma atual por Tertuliano, escritor cristão do terceiro século. São chamados, esses testemunhos, de “Atas” que se concluem mostrando que a narrativa devia servir para estar em comunhão com os mártires e, por meio deles, “com Jesus Cristo, nosso Senhor, para quem são a honra e a glória pelos séculos”.

Perpétua e Felicidade morreram corajosamente pela causa da fé em Jesus Cristo, tornando-se extraordinário exemplo de coragem. Como o próprio Tertuliano escreveu: “O sangue dos mártires é a semente dos cristãos!”. Com seu exemplo, nos inspirem a sermos bem mais generosos no serviço a Deus e na fidelidade a Jesus Cristo! Santas mártires, Perpétua e Felicidade, rogai a Deus por nós!

Fonte: O Mílite

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