Por Frei Sebastião Benito Quaglio Em Santos

Quando Nossa Senhora falou comigo

Relato de Santa Maria Bernardette Soubirous




Certo dia, fui com duas meninas às margens do rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma Senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo, com uma faixa azul celeste à cintura, e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia.

Ao vê-la, esfreguei os olhos, julgando estar sonhando. Enfiei a mão no bolso de meu vestido onde encontrei o rosário. Quis ainda fazer o sinal da cruz, porém, não consegui levar a mão à testa. Entretanto, quando aquela Senhora fez o sinal da cruz, tentei fazê-lo também; a mão tremia, mas consegui. Comecei a rezar o rosário; a Senhora igualmente ia passando as contas de seu rosário, embora não movesse os lábios. Quando terminei, a visão logo desapareceu.

Perguntei às duas meninas se tinham visto alguma coisa; disseram que não, e quiseram saber o que eu tinha para lhes contar. Garanti-lhes que vira uma Senhora vestida de branco, mas não sabia quem era, e pedi-lhes que não contassem a ninguém. Elas então me aconselharam a não voltar mais àquele lugar, porém não concordei. Voltei pois no domingo, porque me sentia interiormente chamada.

Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se queria voltar ali durante quinze dias. Respondi-lhe que sim. Mandou-me dizer aos sacerdotes que construíssem uma capela naquele lugar. Em seguida, ordenou-me que bebesse da fonte. Como não vi fonte alguma, dirigi-me ao rio Gave. Ela disse-me que não era lá, e fez-me um sinal com o dedo, indicando-me o lugar onde estava a fonte. Dirigi-me para lá, mas só vi um pouco de água lamacenta; quis encher a mão para beber, mas não consegui nada. Comecei a cavar, e logo pude tirar um pouco de água. Joguei-a fora por três vezes, até que na quarta pude beber. Em seguida, a visão desapareceu e fui-me embora.

Durante quinze dias, lá voltei e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e de uma sexta-feira. Repetiu-me várias vezes que dissesse aos sacerdotes para construírem ali uma capela. Mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes, perguntei-lhe quem era, mas apenas sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição.

Durante esses quinze dias, também me revelou três segredos, proibindo-me de dizê-los a quem quer que fosse; até o presente os tenho guardado com toda a fidelidade.

Fonte: O Mílite

Escrito por
Frei Sebastião (Arquivo MI)
Frei Sebastião Benito Quaglio

Frei Sebastião Benito Quaglio nasceu em 20 de julho de 1938, em Lendinara, no norte da Itália. Recebeu o nome de batismo Benito Quaglio e, quando emitiu os votos religiosos na Basílica de Santo Antônio (Padova), em 1958, recebeu o nome do mártir São Sebastião. O desejo de evangelizar com Nossa Senhora através dos meios de comunicação sempre permeou sua vida e foi na obra de São Maximiliano Kolbe que ele encontrou um ideal a ser seguido: conquistar o mundo inteiro a Cristo pela Imaculada!

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