Por Padre Luigi Facenda, Franciscano Menor Conventual
No Evangelho, Jesus nos chama ao amor maior, indicando como o “seu” mandamento por excelência: “Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei” (Jo 15,12). “Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”(Jo 13,34).
Este amor maior, esta caridade heroica, caracterizaram a inteira vida terrena da Virgem Mãe, como se pode ver no Evangelho: desde a visitação, à sua solicitude nas bodas de Caná, no Cenáculo. “Ela, que na anunciação se define ‘a serva do Senhor’ (Lc 1,38) “permanece em toda a vida terrena fiel a tudo que este nome exprime, confirmando assim ser uma verdadeira ‘discípula’ de Cristo (...) ‘veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos’ (Mt 20,28). Por isso Maria tornou-se a primeira entre aqueles que, ‘servindo a Cristo também nos outros, com humildade e paciência conduzem os seus irmãos àquele Rei, a quem servir é reinar’(LG 36). E esta glória de servir não cessa de ser a sua exaltação real: elevada ao céu, ela não suspende aquele seu serviço salvífico, em que se exprime a mediação materna, ‘até a perpétua coroação de todos os eleitos’(LG 62)” (Redemptoris Mater 41).
Maria manifestou a expressão mais alta do seu amor materno aos pés da Cruz: “A beata Virgem Maria avançou no caminho da fé e conservou fielmente a sua missão com o Filho até a cruz, onde, não sem um desígnio divino, se manteve firme (Jo 19,25), sofre profundamente com o seu Filho unigênito e se associou com ânimo materno ao sacrifício dele, amorosamente consciente da imolação da vítima da lei gerada; e finalmente, pelo próprio Cristo morrendo na cruz foi dada como mãe ao discípulo com estas palavras: “Mulher, eis o teu filho (Conf. 19,26-27)” (Redemptoris Mater 17).
Através da nossa consagração a Ela, somos chamados a imitar esta sua caridade sem limites. Mas esta disponibilidade em dar a própria vida, até à oferta suprema de si que São Maximiliano Kolbe fez no campo de extermínio de Auschwitz, requer a alienação cotidiana ao dom de si, para ser e tornar-se sempre mais instrumentos de amor e de comunhão. Esta atitude de caridade deve caracterizar os nossos relacionamentos com amigos e parentes; com todos os homens, sem distinção; com a Igreja através da obediência aos seus ensinamentos e a mais autêntica comunhão eclesial.
Para realizar um amor genuíno e partilhado, devemos cultivar a pobreza e a humildade interior; devemos, além disso, estar sempre prontos a estender a mão a todos e perdoar-nos uns aos outros.
Escrevia sobre este propósito São Maximiliano: “A essência do amor recíproco não consiste no fato de que ninguém nos cause desgostos – o que é impossível vivendo com outras pessoas – mas que aprendamos a perdoar-nos uns aos outros de modo sempre mais perfeito, imediatamente e completamente. Então recitaremos com grande confiança a invocação contida no “Pai nosso”: Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido (Mt 6,12). Seria um verdadeiro guai se não tivéssemos nada ou bem pouco a perdoar aos outros. (...) A fonte da felicidade e da paz não está fora, mas dentro de nós. Saibamos tirar proveito de cada coisa para exercitar, a paciência, a humildade, a obediência, a pobreza e as outras virtudes cristãs e as cruzes não serão tão pesadas” (Escrito de São Maximiliano Kolbe 935)
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