Frei Wilmar: impossível de esquecer

Ele chegou bem calado, com andar calmo e olhar tranquilo. Acolheu a cada um, trocando relatórios longos por boas conversas na Milícia da Imaculada. Apaixonado pela natureza, não escondia seu amor pelo fiel companheiro: Boogie, um buldogue inglês que o acompanhava em todos os lugares. Há pouco mais de um mês, Frei Wilmar viveu o luto ao presenciar o último suspiro de seu companheiro. No entanto, mesmo com a dor da perda, testemunhava sua gratidão pelo fiel amigo.

E por falar em palavras, Frei Wilmar utilizou deste poderoso recurso para evangelizar e denunciar o que era contrário ao Reino de Deus. Jornalista, compôs artigos que entraram para a história da revista O Mensageiro de Santo Antônio, contribuindo com a formação de milhares de pessoas.

De todos os feitos de Frei Wilmar, o maior é, sem dúvida, aquele que não é visto pela multidão, que não rende prêmios de comunicação e nem reconhecimentos públicos: a sua fidelidade ao Evangelho, refletida nas relações humanas e missionárias. Com ele, uma simples conversa durante um cafezinho virava um ensinamento, uma lição de vida. Não deixava passar a oportunidade de educar na fé e transmitir esperança, repetindo sempre para nós: “Deus basta.” Quando questionado sobre o sofrimento que a doença lhe causava, afirmava: “vai ficar tudo bem. TUDO passa.” E logo emendava outro assunto de trabalho e missão.

Gratidão, Frei Wilmar, pela sua rápida e tão marcante passagem pela Milícia da Imaculada. Toda dor passou e já não há mais deserto. Aquele que lhe salvou, evitando um afogamento quando você tinha apenas 3 anos de idade, certamente lhe acolheu de braços abertos e o recompensará durante toda eternidade pelo bem que você fez entre nós.

Da sua família,
Milícia da Imaculada.