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Milícia da Imaculada se prepara para celebrar Corpus Christi

Solenidade em honra ao Corpo do Senhor será celebrada com missa e procissão no Oratório da sede da MI em São Bernardo do Campo

Escrito por Angelica Lima

06 JUN 2023 - 14H34 (Atualizada em 06 JUN 2023 - 14H59)

Divulgação

A Festa de “Corpus Christi” é a celebração em que solenemente a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às ruas. Nesta festa, os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo.

E neste dia 8 de junho, quando a Igreja celebra a Solenidade do Corpo do Senhor, a Milícia da Imaculada recebe os fiéis para a tradicional procissão, seguida pela celebração da Santa Missa. A celebração será presidida pelo reitor do Oratório Imaculada Conceição e São Maximiliano Kolbe, Frei Alexandre Domiciano OFM Conv.


Jesus Eucarístico exposto no Oratório da Sede da Milícia da Imaculada

Os próprios colaboradores da Milícia da Imaculada, em meio às suas atividades, estão se dedicando a confeccionar um tapete para ser colocado no centro do oratório, para deixar a festa de Corpus Christi ainda mais bonita. A proposta é que o material utilizado seja reaproveitado da natureza, que é abundante na sede em São Bernardo do Campo. Segundo Francisca Caetano, sacristã do oratório, a ideia de envolver os funcionários na confecção do tapete é para despertar o amor pela eucaristia e não deixar que o sagrado se perca nas atividades do dia a dia: “eu convidei todos os membros para fazerem parte da confecção do tapete porque eu entendo que na Obra Milícia da Imaculada nós temos que ter união, e nada como estarmos unidos na celebração da Eucaristia”, afirmou.

A origem de Corpus Christi

A Festa de Corpus Christi surgiu em Liége, Bélgica, no seculo XII: um Movimento Eucarístico na Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Liege. Santa Juliana de Monte Cornillon, (ou Juliana de Liége) naquela época superiora da Abadia sempre teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E esperava que tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.

Juliana comunicou estas aparições ao bispo de Liege, também ao doutor Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleon, nessa época arquidiácono de Liege, mais tarde o Papa Urbano IV.

O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração fosse algo real., no momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conservam os corporais -onde se apoia o cálice e a patena durante a Missa- em Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.

O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que assistirem a Santa Missa e o ofício.

A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o seguinte Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no Concílio Geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis, por João XXII, e assim a festa é estendida a toda a Igreja.

Após a Missa de Corpus Christi se faz a Procissão Eucarística. Estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV. Com toda a honra possível ao Rei Jesus.

Finalmente, o Concílio de Trento (em 1.500) declara que:...seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honradamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Assim nasceu a Solenidade de Corpus Christi.

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