Por Vladimir Ribeiro Em Brasil

Fome volta a se alastrar pelo Brasil

Estudo do IBGE aponta que situação é mais grave em áreas rurais e no Nordeste

Divulgação
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Ao menos 10,3 milhões de pessoas no Brasil estão em situação de insegurança alimentar grave


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nessa semana, os números da última Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada de junho de 2017 até julho de 2018. O levantamento foi feito em quase 58 mil domicílios por todo o país.

O estudo revela que, ao menos, 10,3 milhões de pessoas no Brasil estão em situação de insegurança alimentar grave - não tem acesso regular à alimentação básica. O número representa cerca de 3 milhões de pessoas a mais do que havia sido registrado há cinco anos.

A pesquisa do IBGE levou em consideração somente pessoas que habitam domicílios permanentes, ou seja, aqueles que estão em situação de rua não são computados nesse levantamento, que indica que o rastro da fome pelo país é ainda maior.

Além disso, o a pesquisa mostrou também que a fome é mais prevalente nas áreas rurais e que quase metade dos famintos do país vive na região Nordeste.

Outro destaque é que mais da metade dos domicílios onde pessoas passam fome ou precisam limitar o tipo ou a porção dos alimentos que vão à mesa são chefiados por mulheres.

A porcentagem de famílias brasileiras que vivem com algum grau de insegurança alimentar estava em queda nas últimas décadas: eram 35% em 2004, 30% em 2009 e 23% em 2013. No entanto, em 2018, o total saltou para 37%, o que significa cerca de 84.9 milhões.

O IBGE classifica a insegurança alimentar em três níveis - leve, moderada e grave.

Leve é quando existe reocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro, além de queda na qualidade para não comprometer a quantidade de alimentação consumida. Insegurança alimentar moderada é quando há redução na quantidade de alimentos consumidos entre os adultos e ou a quebra nos padrões de alimentação.

A situação é considerada quando há redução na quantidade de alimentos consumidos também entre as crianças, ou seja, quando falta comida na mesa e a fome é uma realidade no lar.

Fonte: Rádio 2

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