Por Núria Coelho Em Brasil

SP adia volta às aulas presenciais para 7 de outubro

A capital do estado não vai retomar nenhuma atividade presencial em 8 de setembro mesmo cumprindo quatro semanas na fase amarela do plano

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Antes, a volta dos alunos estava prevista para 8 de setembro


O governo de São Paulo decidiu nesta sexta-feira (7) adiar o retorno às aulas presenciais nas escolas públicas e privadas para o dia 7 de outubro. Antes, a volta dos alunos estava prevista para 8 de setembro, mas havia a condição de 80% da população estar na fase amarela do plano de retomada. O percentual foi atingido, mas houve a decisão de postergar o reinício para haver uma margem de segurança.

O governador João Doria (PSDB) também definiu que parte das atividades escolares será liberada no dia 8 de setembro nas regiões que estiverem há quatro semanas na fase amarela do Plano São Paulo, de retomada econômica. Estão permitidas aulas de reforço e o uso de laboratórios e biblioteca.

Neste caso, a palavra final ficará a cargo dos prefeitos. A Secretaria estadual de Educação informou que caberá aos municípios conversar com pais, professores e a direção das escolas para definir se há condições de retomar as aulas presenciais ou não.

A capital do estado não vai retomar nenhuma atividade presencial em 8 de setembro mesmo cumprindo quatro semanas na fase amarela do plano.

Governo defende que não ter aulas causa prejuízo aos alunos

Em sua apresentação na entrevista coletiva desta sexta-feira (7), o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares argumentou que não haver aulas aumenta a ansiedade, irritação e tristeza dos alunos. Também foram usados estudos que indicam que estar fora da escola aumenta o risco de gravidez na adolescência, exploração sexual, violência e trabalho infantil.

"A ONU vê uma catástrofe geracional com mais de 1 bilhão de alunos fora da sala de aula".

O secretário afirmou que ficar em casa é uma decisão para proteger vidas, mas com o longo período em casa começa a existir prejuízos psicológicos aos estudantes.

"Não podemos perder de vista proteger vidas, mas proteger vidas ao longo do tempo é colocar educação como centro do debate. Ao mesmo tempo que queremos salvar vidas, as escolas fechadas em longos períodos podem gerar impacto na saúde mental, no bem estar de crianças e adolescentes", declarou Rossieli.

A secretaria estadual de Educação ressaltou que 96% dos estudantes da rede estadual tem acesso às atividades remotas. Mas ponderou que existem estudantes que precisam de apoio complementar. Ele disse que em algumas situações, com a volta do pai ao trabalho, o único celular da casa fica inacessível ao estudante.

Fonte: O Globo

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