Igreja

Diocese de Mogi das Cruzes comunica falecimento de bispo emérito

Dom Paulo Mascarenhas Roxo esteve a frente da diocese entre 1990 e 2004

Escrito por Vladimir Ribeiro

02 JUN 2022 - 10H00

Em nota, a diocese de Mogi das Cruzes (SP), por meio de seu bispo dom Pedro Luiz Stringhini, comunicou que às 16h desta desta quarta-feira (1º), ocorreu o falecimento, aos 94 anos, do seu bispo emérito, dom Paulo Mascarenhas Roxo, no Hospital Alemão Osvaldo Cruz, em São Paulo (SP). O religioso era membro da Ordem dos Cônegos Regulares Premonstratenses.

“Dom Paulo estava internado desde o dia 10 de maio e passou por duas cirurgias no sistema digestivo, nos dias 19 e 31 de maio, respectivamente. Em virtude da idade e dos procedimentos, o coração e os rins ficaram debilitados”, informou o bispo diocesano na Nota de Falecimento.

Após os trâmites necessários, a diocese informa que o corpo de dom Paulo será levado à Mogi das Cruzes e velado na catedral de Sant’Ana, onde acontecerão as celebrações das Exéquias e o sepultamento, em horários ainda a serem divulgados pela diocese.

Trajetória de vida e eclesial

Dom Paulo Mascarenhas Roxo nasceu em São Geraldo (MG) aos 12 de junho de 1928. Fez profissão religiosa na Ordem Premonstratense (Opraem) aos 2 de fevereiro de 1952. Em 20 de agosto do mesmo ano foi ordenado sacerdote, em Pirapora do Bom Jesus (SP), por dom Paulo Rolim Loureiro, então bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo.

Foi nomeado bispo diocesano de Mogi das Cruzes, aos 7 de dezembro de 1989, pelo então Papa, João Paulo II. Sua ordenação deu-se, em 28 de janeiro de 1990, em Jaú (SP), na diocese de São Carlos, tendo como sagrante o arcebispo titular de Abari e Núncio Apostólico no Brasil, dom Carlo Furno, e como consagrantes consagrantes o bispo de São Carlos (SP) e o bispo coadjutor e administrador apostólico da diocese de Jacarezinho (PR), dom Constantino Amstaldem e dom Conrado Walter, respectivamente.

Sua posse canônica como terceiro bispo da diocese de Mogi das Cruzes deu-se aos 11 de fevereiro de 1990. Alcançou a emeritude desta Igreja Particular aos 4 de agosto de 2004. O lema episcopal assumido em seu ministério foi: “Mane Nobiscum, Domine” = Fica conosco Senhor – Lc 24,29. Na descrição heráldica de seu escudo, o prelado destacou a força do Espírito Santo como potência dinamizadora, doador e animador de ministérios (1Cor 12).

Como bispo diocesano incentivou inúmeras atividades pela organização do primeiro Plano Trienal de Pastoral cujo objetivo foi “fortalecer a pastoral de conjunto”. O bispo também implementou uma nova divisão das regiões pastorais e a mudança de local do seminário diocesano Sagrado Coração de Jesus para o Centro de Convivência Tabor com o intuito de atender ao crescente aumento no número de seminaristas. Ele também foi responsável pela criação da tradicional Festa do Seminário.

Durante o seu episcopado, lançou o informativo diocesano “A Caminho” e a primeira versão da página da diocese na internet. Em 1994, foi o anfitrião do Encontro da Juventude da Conferência Episcopal Latino Americana (CELAM) e dos encontro nacionais dos Presbíteros e dos Diáconos Negros. Em 1999, no dia 26 de dezembro, deu início às comemorações do Ano Jubilar pelo Segundo Milênio da Encarnação de Jesus Cristo, proclamado pelo então Papa João Paulo II, são João Paulo II.

Em 27 de julho de 2000, decretou a abertura do 1º Sínodo Diocesano, com o tema “O Espírito fala às Igrejas”, na carta aos fiéis. O pastor destacou os momentos pelos quais a Igreja e o país passavam, como a chegada do Novo Milênio, os 500 anos de evangelização no Brasil e o desafio de ser Igreja. Criou quatro novas paróquias: São Maximiliano Kolbe e Territorial São Maximiliano Kolbe, em Mogi das Cruzes; Nossa Senhora das Graças, em Itaquaquecetuba; e a dedicada à São Francisco de Assis, em Suzano.

Trabalhou para que a diocese tivesse um colégio católico, o que se realizou em 26 de setembro de 2003, com a fundação do colégio diocesano Paulo VI. Durante o tempo que foi bispo, foram marcantes as visitas pastorais às paróquias e regiões pastorais, mobilizando crianças, jovens, adultos, instituições, empresas e governos conduzindo aquela Igreja Particular com um verdadeiro espírito e animação missionários.

Em junho de 2003, ao completar 75 anos, e conforme determina o Código de Direito Canônico pediu renúncia. Ele atuou como bispo diocesano até a nomeação do novo bispo para a diocese, que se deu em 4 de agosto de 2004; A partir daí, desempenhou a função de administrador diocesano até a posse de dom Airton José dos Santos. Desde então, residia no bairro Vila Oliveira, em Mogi das Cruzes, e auxiliava na comunidade Nossa Senhora das Graças, da paróquia Cristo Rei, em Mogi das Cruzes. Também foi convidado para presidir missas, ministrar palestras e participar de eventos em diversas paróquias e na diocese, sendo muito presente na vida pastoral da Igreja.

Fonte: CNBB

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