Igreja

Morre bispo emérito de Santa Cruz do Sul

De acordo com a diocese, o bispo morreu de pneumonia

Escrito por Vladimir Ribeiro

11 JUN 2022 - 15H00

Divulgação

A diocese de Santa Cruz do Sul (RS) comunicou na noite de quinta-feira (09) o falecimento de seu bispo emérito, dom Aloísio Sinésio Bohn, aos 87 anos. De acordo com a diocese, o bispo morreu de pneumonia. Ele estava hospitalizado, nos últimos dias, por causa de uma dificuldade respiratória, chegou a receber alta, mas não resistiu e morreu.

O corpo de dom Sinésio foi sepultado na Catedral São João Batista, onde ocorreram as celebrações de exéquias.

Nascido em Montenegro (RS), em 11 de setembro de 1934, dom Sinésio foi o segundo bispo de Santa Cruz do Sul e esteve à frente da diocese de 1986 até 2010. Desde que se tornou emérito residia na Casa de Amparo Fraterno, junto com um grupo de padres idosos da Diocese.

Na CNBB, atuou na Comissão Episcopal de Pastoral e foi o bispo responsável pelos setores do Ecumenismo, do Diálogo Inter-religioso e da Pastoral da Juventude de 1983 a 1990. De 1992 a 1995 foi o Presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC).

Biografia

Filho de João Bohn Sobrinho e Oliva Paulina Both, dom Sinésio fez seu Ensino Médio no Seminário Menor São José de Gravataí, de 1952 a 1954. Depois, em Roma, residindo no Pio Brasileiro e estudando na Universidade Gregoriana, cursou Filosofia, Teologia e Direito Canônico, de 1955 a 1964. Foi ordenado presbítero em Roma no dia 23 de dezembro de 1962.

De volta ao Brasil atuou, principalmente, como vigário paroquial na paróquia São Jorge, em Porto Alegre, de 1964 a 1965. Trabalhou como professor de Teologia e assistente dos estudantes de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Porto Alegre no Seminário Maior de Viamão de 1966 a 1977.

Em 27 junho de 1977 foi nomeado pelo papa Paulo VI bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília e consagrado no dia 09 de setembro do mesmo ano, no Seminário Maior de Viamão pelo arcebispo de Porto Alegre, dom Vicente Scherer. Em 23 de fevereiro de 1980 dom Sinésio assumiu como primeiro bispo de Novo Hamburgo e em 31 de agosto de 1986 assumiu como segundo bispo da diocese de Santa Cruz do Sul.

Na CNBB, atuou na Comissão Episcopal de Pastoral por oito anos, foi o Bispo responsável pelos setores do Ecumenismo, do Diálogo Inter-religioso e da Pastoral da Juventude durante os anos de 1983 a 1990. De 1992 a 1995 foi o Presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) por quatro anos e, como coordenador do setor de Ecumenismo e Diálogo Religioso da CNBB, representou o Pontifício Conselho para o Ecumenismo no Encontro Mundial de Igrejas em Hong Kong. Promoveu o diálogo da igreja Católica com a Maçonaria e se empenhou no diálogo entre católicos e judeus.

Outra marca de Dom Sinésio foi seu decidido apoio às pastorais sociais. Foi bispo referencial da Pastoral Operária em nível nacional e durante quatro anos representou a CNBB nas pastorais sociais do CELAM (Conselho Episcopal Latino Americano).

Ao longo de sua caminhada como bispo projetou um lar para os padres idosos da Diocese com a aquisição da Casa Amparo Fraterno, em Linha Santa Cruz, Santa Cruz do Sul. Incentivou a formação teológica dos leigos com a constituição do Centro Diocesano de Formação (CDFPT) e motivou a formação de ministros e catequistas. Criou a Escola Diocesana de Diáconos Permanentes e Ministros Extraordinários do batismo. Foi também a partir desta convicção que ele investiu na aquisição da Rádio Santa Cruz e na qualificação do Jornal Integração, que é o jornal oficial da Diocese de Santa Cruz do Sul.

Fonte: CNBB

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