Igreja

Papa Francisco próximo do povo haitiano: todos cooperem pela paz e reconciliação

Escrito por Cibele Battistini

11 MAR 2024 - 04H20 (Atualizada em 11 MAR 2024 - 04H29)

Divulgação

Após a oração mariana dominical da janela do Palácio Apostólico que dá para a Praça São Pedro, o Papa Francisco expressou sua "preocupação e tristeza com a grave crise que afeta o Haiti e os episódios violentos que ocorreram nos últimos dias" e se disse próximo da Igreja e do "querido povo" que vem sofrendo há anos.

Convido-os a rezar, por intercessão de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, pelo fim de toda violência e para que todos ofereçam sua contribuição para o crescimento da paz e da reconciliação no país, com o apoio renovado da comunidade internacional.

Um país paralisado

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Os moradores da capital do Haiti buscaram segurança após a última onda de violência de gangues. Um grupo da Onu lançou o alarme de uma "cidade sitiada" depois que assaltantes armados atacaram o palácio presidencial e a sede da polícia. Os grupos criminosos, que já controlam grande parte de Porto Príncipe e as estradas que levam ao resto do país, desencadearam caos nos últimos dias em uma tentativa de defenestrar o primeiro-ministro, Ariel Henry, da liderança do país mais pobre do hemisfério ocidental. A polícia e os guardas do palácio estão trabalhando para reconquistar algumas ruas da capital depois que as gangues lançaram ataques maciços contra pelo menos três delegacias de polícia. Os líderes do Caribe convocaram uma reunião de emergência para esta segunda-feira, na Jamaica, sobre o que chamaram de "terrível" situação no Haiti. O principal porto de Porto Príncipe fechou suas portas, bloqueando dezenas de contêineres cheios de alimentos e suprimentos médicos, em um momento em que, de acordo com as autoridades da Onu, metade dos mais de 11 milhões de habitantes do país não tem o suficiente para comer e 1,4 milhão está passando fome.

Diante d’Ele não há segredos: Ele lê os corações. Essa capacidade pode ser inquietadora porque, se mal utilizada, prejudica as pessoas, expondo-as a julgamentos impiedosos. Pois ninguém é perfeito, todos somos pecadores, todos erramos, e se o Senhor usasse o conhecimento de nossas fraquezas para nos condenar, ninguém poderia ser salvo.

Mas não é assim, continuou o Papa. Pois Ele não a usa para apontar o dedo para nós, mas para abraçar nossas vidas, para nos libertar do pecado e nos salvar. Jesus não está interessado em nos colocar em julgamento e nos submeter a sentenças; Ele não quer que nenhum de nós se perca. Jesus não veio para condenar, mas para salvar o mundo.

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Antes de concluir, o Santo Padre solicitou-nos a pedir ao Senhor que nos dê um olhar de misericórdia, para não julgar os outros, mas ajudá-los, que olhemos para os outros como Ele olha para todos nós.

Pensemos em nós, que tantas vezes condenamos os outros; tantas vezes gostamos de fazer fofoca, de procurar fazer fofoca contra os outros. Peçamos ao Senhor que nos dê esse olhar de misericórdia, que olhe para os outros como Ele olha para todos nós. Que Maria nos ajude a desejar o bem uns dos outros.


Fonte: Vatican News

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