Por Vladimir Ribeiro Em Igreja

Papa: liberdade religiosa é valorizar irmãos em suas diferenças

Francisco afirma que perseguir as pessoas "simplesmente por professar publicamente sua fé não só é inaceitável, é desumano, é insano"

Divulgação
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O Papa Francisco pede para rezarmos pelas pessoas que são perseguidas por causa de sua fé. O pedido foi feito na edição de janeiro do Vídeo do Papa, que contém uma mensagem forte a favor da liberdade religiosa e das pessoas que sofrem discriminação.

Este Vídeo do Papa conta com o apoio da fundação pontifícia "Ajuda à Igreja que Sofre" (AIS), organização internacional caritativa católica cuja missão é ajudar os fiéis onde quer que sejam perseguidos, oprimidos ou estejam necessitados, por meio da informação, oração e ação. Reforça a ideia de que nas sociedades em que vivemos e nos desenvolvemos, há de florescer o reconhecimento dos direitos e da dignidade que todos temos pelo fato de sermos pessoas.

“Como é possível que hoje muitas minorias religiosas sofram discriminação ou perseguição? Como permitimos que nesta sociedade altamente civilizada existam pessoas que são perseguidas simplesmente por professar publicamente sua fé? Isso não só é inaceitável, é desumano, é insano”.

"A liberdade religiosa não se limita à liberdade de culto, ou seja, a que se possa ter um culto no dia prescrito pelos seus livros sagrados", ressalta Francisco na mensagem. A liberdade religiosa está ligada ao conceito de fraternidade e para começar a percorrer os caminhos da fraternidade que o Papa tanto insiste há anos, é necessário não só respeitar os outros, mas valorizá-los "em suas diferenças e reconhecê-los como verdadeiros irmãos".

Como seres humanos, temos tantas coisas em comum que podemos conviver acolhendo as diferenças com a alegria de ser irmãos. Que uma pequena diferença, ou uma diferença substancial como a religiosa, não obscureça a grande unidade de ser irmãos. Vamos escolher o caminho da fraternidade. Porque ou somos irmãos, ou todos perdemos.

"Rezemos para que as pessoas que sofrem discriminação e perseguição religiosa encontrem nas sociedades em que vivem o reconhecimento e a dignidade que nasce de ser irmãos e irmãs", conclui o Papa.

Segundo o Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo publicado pela AIS em abril de 2021, a liberdade religiosa foi violada em um terço dos países do mundo, onde vivem cerca de 5,2 bilhões de pessoas. O mesmo relatório afirma que mais de 646 milhões de cristãos vivem em países onde a liberdade religiosa não é respeitada.

Desde 2020 tem sido denunciado uma quantidade de minorias étnicas e religiosas, especialmente as de origem muçulmana, que não desfrutam de plenos direitos de cidadania nos países em que vivem.


Fonte: Vatican News

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