Rede Imaculada

Igreja Católica no Brasil traça novos caminhos

Neste domingo (28), teve início a segunda fase da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Escrito por Paulo Teixeira

30 AGO 2022 - 10H04 (Atualizada em 30 AGO 2022 - 17H00)

Divulgação

A primeira fase da assembleia foi realizada de maneira remota em abril deste ano. A atual fase conta com a presença dos bispos do Brasil em Aparecida - SP e vai até o próximo final de semana. A Assembleia Geral da CNBB é celebrada anualmente, contudo, nos últimos dois anos, devido às restrições da pandemia, não foi possível realizá-la. O tema central do encontro que reúne mais de 300 bispos é: “Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, em sintonia com o caminho que o Papa Francisco propôs para toda a Igreja.

Na tarde desta segunda-feira (29), houve a primeira entrevista coletiva sobre o andamento da assembleia. Dom Joaquim Mol, Bispo auxiliar de Belo Horizonte, em Minas Gerais, e presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação abriu o encontro agradecendo o serviço dos comunicadores. “Com inteligência e sensibilidade no coração vocês são capazes de informar o povo e colaborar com a Igreja na evangelização”, enfatizou o bispo. “A Assembleia é a mais alta instancia deliberativa da CNBB. Também é momento de reflexão, estudo e convivência”, informou Dom Joaquim Mol antes de passar a palavra para os bispos que explicariam os temas abordados na reunião.

Novidades na Igreja

Sobre o tema central, Dom Leomar Brustolin, Bispo de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, destacou que a proposta de Igreja Sinodal vem da palavra grega sínodo que indica caminhar juntos. “Como vamos fazer um caminho juntos sem ouvir uns aos outros? Precisamos acabar com a autoreferencialidade e nos abrir a situações novas que clamam por uma mudança na presença pública da Igreja no Brasil”, enfatizou.

Dom José Altevir da Silva, Bispo de Tefé, no Amazonas, participou da preparação da assembleia e destacou que a CNBB irá atualizar, como sempre faz, as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizado da Igreja Católica no Brasil. Segundo Dom Altevir, terão destaque na nova formatação as Comunidades Eclesiais Evangelizadoras que ele define como “embaixadoras da misericórdia de Deus no mundo, possibilitando que as comunidade sejam lugar de convivência, comunhão e solidariedade”.

As novas diretrizes serão elaboradas por meio de um processo que está dedicando 2022 à escuta da realidade, e vai dedicar 2023 ao discernimento para elaborar em 2024 as novas diretrizes, também em consonância com o Sínodo dos Bispos que se realizará em outubro do ano anterior. Dom Leomar Brustolin indicou que o processo sinodal não é feito para chegar a um resultado numérico, como se fosse uma pesquisa ou apuração, mas é um processo de encontro. O bispo anunciou que ao final da assembleia será apresentada uma carta aos fieis do Brasil que indicará os meios com os quais será possível enviar contribuições para esse processo de escuta e discernimento. “A Igreja sempre foi sinodal e missionária, de modo que não vamos inventar nada, nem tratar nada de novo, mas fazer uma releitura sobre os desafios atuais”, explicou Dom Altevir.



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