Por Rede Imaculada Em A Igreja no Rádio

Editorial – Programa "A Igreja no Rádio" 07/01, com Padre Attílio Hartmann

Mensagens edificantes para o seu dia


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O programa ‘A Igreja no Rádio’ veiculado diariamente na Rádio Imaculada, oferece os melhores editoriais para que você comece o seu dia em sintonia com o Céu e pronto a semear o Reino de Deus aqui na Terra.

Acompanhe o editorial-entrevista deste dia 07 de janeiro com Pe. Attílio Hartmann, jesuíta, jornalista, Diretor da Livraria e Editora Padre Reus e do Jornal Solidário, em Porto Alegre (RS).

- Ano novo, vida nova. E diálogo renovado entre as gerações. Será que posso sintetizar assim o tema de nosso encontro de hoje, padre Attílio?

Pe. Attílio: É por aí. Mas, antes, já que é nosso primeiro encontro deste ano de 2019, que seja melhor que 2018 que, em muitos aspectos, foi para a história sem deixar saudades. Especialmente no que se refere aos aspectos sociais: 13 milhões de desempregados, mais de 30 milhões de brasileiros, vivendo em extrema pobreza num país rico, muito rico em recursos de toda ordem. E escândalo dos escândalos: um dos países de maior desigualdade social do mundo: uns poucos cada dia mais ricos e o cordão da miséria de milhões aumentando sempre mais. Mas voltemos ao tema central de nosso encontro: o necessário diálogo de gerações.

- Voltemos, sim. Até porque neste ano vamos ter a Jornada Mundial da Juventude que será no Panamá, de 22 a 27 de janeiro. Será um ótimo momento para tomar conclusões práticas para que o necessário diálogo entre jovens e idosos aconteça, certo, padre Attílio?

Pe. Attílio: Bem lembrado. Li uma recente entrevista que o diretor de Religión Digital, José Manual Vidal, fez com dois autores de um livro: Padre Ángel, fundador da ONG Mensajeros de la Paz e de Miguel Ángel Boronat, conhecido psiquiatra que tem escrito muito sobre o tema da solidão dos idosos. O livro aborda este tema tão atual quanto necessário e que está muito próximo do coração do Papa Francisco. É uma proposta editorial do nosso Papa como parte de um projeto global para una aliança entre jovens e idosos para frear a cultura do descarte do ancião, do idoso. Resgato algumas afirmações desta entrevista.

Entre os temas da entrevista e do livro, aparecem a solidão, o profetismo dos idosos, as relações intergeracionais, os idosos e as tecnologias.

- Então falemos um pouco sobre o que disseram o padre Ángel e o psiquiatra Boronat nesta entrevista.

Pe. Attílio: Pois, para Boronat, a exclusão social a qual são submetidos os idosos não é responsabilidade única dos jovens. Textualmente, ele diz: “Nós, adultos ou idosos, ajudamos a construir um mundo que prima pela eficiência e a rapidez. E um jovem de 20 anos é mais rápido que eu”. Já para o padre Angel, a tecnologia ajudou a muitos idosos a sair da solidão. Os celulares, a internet e outros dispositivos são a única maneira que tem muitos avós para comunicar -se com seus netos”.

- Aí, padre Attilio, a pergunta que não quer calar: qual é, então, o papel ou a missão dos idosos na sociedade? Padre Angel e Boronat dão algumas pistas?

Pe. Attílio: Tem pistas, sim, tem dicas muito interessantes. Por exemplo, que os idosos devem ser uma presença por sua palavra e sua ação profética. Boronat acredita que é importantíssimo que as pessoas idosas ajudem a outros a ver o que muitas vezes não querem ver. Sua experiência... seus sofrimentos e decepções fazem com que vejam o que o jovem em geral não vê e, muitas vezes, não quer ver.

Precisamos ajudar outros a sonhar o que, por vezes, implica em reconhecer o próprio fracasso. Também é fundamental saber caminhar com os mais jovens porque caminhar com os jovens e com outras pessoas é o único que nos salva”.

- Que frase, padre Attilio, que frase! “Caminhar com os jovens e com os outros é o único que nos salva”. E para concluir, o que temos ainda?

Pe. Attílio: Uma do padre Angel e outra do Boronat. O padre Angel diz que “não somente os jovens sonham, os idosos também sonham. Quem não sonha está morto. Repito, gente amiga: quem não sonha está morto!

Mas os jovens e todas as pessoas não podem ficar só sonhando, também tem que atuar. Já Miguel Angel Boronat insiste que somente a partir do amor se pode viver. E o amor não é encher-se de coisas, mas esvaziar-se”.

Gente amiga e querida, para iniciar bem este novo ano é muito bom ouvir a voz da sabedoria de Boronat e, para que o amor possa acontecer em nossa vida, ter a coragem e a ousadia de esvaziar-nos de muita coisa inútil que só atrapalha nossa felicidade e jogar-nos, de coração livre e alegre, para a grande aventura deste tempo novo que Deus nos oferece. Um beijo de feliz e venturoso ano de 2019, fiquem com Deus, fiquem com a gente também. E até nosso próximo encontro.

Ouça esta entrevista:

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