Por Rede Imaculada Em A Igreja no Rádio Atualizada em 21 FEV 2019 - 08H36

Uma leitura da JMJ 2019 Panamá: primavera jovem da Igreja

Entrevista com Dom Pedro Carlos Zilli

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Entrevista com Dom Pedro Carlos Zilli


No mês de janeiro, a Igreja presenciou a forte emoção da 34ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Panamá. O evento aconteceu de 23 a 27 de janeiro e teve como lema "Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra". Esse grande movimento de jovens cristãos nesse encontro mundial renova a fé e a esperança, dando novo frescor à vida da Igreja.

Fazendo uma análise sobre o assunto, Dom Pedro Carlos Zilli, Bispo da Diocese de Bafatá, Guiné-Bissau, na África, concedeu entrevista à Rádio Imaculada. Ele destaca aspectos e acontecimentos desta JMJ.

1. Dom Zilli, quais eram as expectativas do Cardeal Dom Pietro Parolin, Secretário de Estado Vaticano, a respeito da JMJ Panamá?

Parolin ressaltou que a Jornada Mundial da Juventude colocava-se imediatamente depois da celebração do Sínodo dos Bispos sobre os jovens, no mês de outubro do ano passado. Ele disse: “acredito que o espírito que animará as Jornadas e também animará o Santo Padre, seja o mesmo espírito que animou o Sínodo: um espírito de grande alegria. Aqueles dias foram vividos com grande entusiasmo, ajudados pela presença dos jovens e, portanto, será multiplicado ao infinito pelos número dos participantes na JMJ do Panamá. Creio que este espírito também se concretize em algumas precisas indicações: a primeira de todas, o fato que os jovens fazem parte da Igreja. Esta foi uma afirmação fundamental do Sínodo: não são apenas os interlocutores externos, mas são membros participativos da Igreja que vivem a sua vida e participam da sua missão”.

2. Dom Zilli, qual o conteúdo do comunicado do arcebispo de Panamá, Dom José Ulloa Mendieta, que tem como título “Obrigado Panamá!”, apresentado depois da conclusão da conclusão da JMJ Panamá?

Dom Ulloa inicia com o Salmo 126: "Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres". Primeiramente agradeceu a Deus pela bênção de poder realizar a Jornada Mundial da Juventude no seu país. Em seguida, os agradecimentos dirigiram-se a todos os cidadãos panamenhos e voluntários “pela generosidade e acolhida aos peregrinos e visitantes que ultrapassou as expectativas”.

Recordou também que, em muitos casos, as famílias e paroquianos fizeram esforços além das suas possibilidades econômicas para acolher os peregrinos, mesmo não tendo a possibilidade de participar dos eventos.

Em outro ponto do comunicado, Dom Ulloa afirma: “Os que vieram nos permitiram redescobrir as nossas raízes, tudo o que há de bom que nos identifica como povo, um povo alegre, amável, prestativo e com uma profunda fé, disposto a compartilhar na simplicidade e humildade. Este evento foi uma verdadeira primavera para a Igreja e para a sociedade”.

3. Dom Zili, porque Dom Ulloa ganhou o coração dos jovens no Panamá?

Quem conheceu Dom Ulloa diz que ele é descontraído, sorridente, típico latino-americano, de alma jovem. Durante muitas vezes, com sorriso nos lábios, disse que o Panamá havia se tornado “a capital mundial da juventude” e que os jovens eram os "protagonistas deste encontro mundial”. Aí não teve jeito, ele ganhou mesmo o coração da juventude!

Durante a conversa, o arcebispo do Panamá revelou que foi ele quem pediu ao Papa que a Jornada tivesse uma temática mariana: “De primeira, além, claro, de agradecer ao Papa, fui pedir: ‘Santo Padre, há uma possibilidade de que esta Jornada seja mariana?’. Pois, para nós panamenhos e para todos os latino-americanos, isso tem um grande significado. É que a fé chegou a esta terra através de Santa María La Antigua e, então, veio o fenômeno de Guadalupe. Imagine, essas são as coisas de Deus”.

4. Dom Zilli, o que o Papa disse durante o Angelus na Casa 'Lar do Bom Samaritano', no domingo, dia 27 de janeiro?

"Desejo expressar meu sentimento de pesar pelas tragédias que atingiram o Estado de Minas Gerais, no Brasil, e no Estado de Hidalgo, no México. Eu confio à misericórdia de Deus todas as pessoas falecidas e, ao mesmo tempo, eu rezo pelos feridos e expresso minha afeição e minha proximidade espiritual para com suas famílias e toda a população. Aqui, no Panamá, tenho pensado muito sobre o povo venezuelano, a quem me sinto particularmente unido nestes dias. Em vista da situação grave que ele está passando, eu peço ao Senhor para buscar e alcançar uma solução justa e pacífica para superar a crise, respeitando os direitos humanos e desejando exclusivamente o bem de todos os habitantes do país. Convido-vos a rezar colocando esta intercessão sob a proteção de Nossa Senhora de Coromoto, padroeira da Venezuela".

5. O que o Papa quer que se promova com Maria?

Na Via Crucis com os Jovens, no Campo Santa María La Antigua, no dia 25 de janeiro, o Papa disse: "Como Maria, queremos ser a Igreja que promove uma cultura que sabe acolher, proteger, promover e integrar; que não estigmatiza e, menos ainda, generaliza na mais absurda e irresponsável condenação de identificar todos os imigrantes como portadores do mal social".

Caros amigos ouvintes da Rede Milícia Sat, façamos nossa a afirmação fundamental do Sínodo sobre os jovens no mês de outubro passado e que o Cardeal Parolin ressaltou: os jovens não são apenas os interlocutores externos, mas são membros participativos da Igreja que vivem a sua vida e participam da sua missão.

Que Santa Maria la Antigua, Padroeira do Panamá, faça com que que possamos orar e viver com sua mesma generosidade: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).

Ouça esta entrevista no áudio abaixo:

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