No quarto capítulo da exortação apostólica Querida Amazônia, o Papa Francisco propõe um "caminho de inculturação", convidando a Igreja a se enraizar profundamente nas culturas dos povos amazônicos. Longe de impor modelos externos, ele defende uma fé que se encarne nas realidades locais, respeitando as expressões próprias de cada povo e valorizando suas tradições, símbolos e espiritualidade.
Francisco destaca que a evangelização deve acontecer em diálogo com as culturas, promovendo uma verdadeira síntese entre o Evangelho e a vida concreta das comunidades. Isso exige uma escuta atenta, humildade missionária e abertura à ação do Espírito Santo, que já atua nos corações dos povos indígenas. A inculturação, portanto, não é um enfraquecimento da fé, mas sua manifestação mais autêntica em cada contexto.
O Papa também insiste na necessidade de formar líderes e ministros com sensibilidade cultural, que sejam capazes de viver e anunciar a fé a partir do chão amazônico. A Igreja, ao assumir um rosto amazônico, torna-se mais próxima, solidária e profética, sendo sinal de esperança no meio dos desafios ecológicos, sociais e espirituais da região.
Acompanhe mais um episódio da reflexão da Exortação Apostólica "Querida Amazônia", com frei Carlos Alberto de Queiroz (OFMConv.), pároco e reitor do Santuário Senhor do Bonfim em Santo André, SP.
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