Pastoral carcerária: 50 anos de luta contra a tortura prisional

Durante a pandemia de covid-19 no Brasil, o número de pessoas encarceradas aumentou em sessenta e uma mil pessoas, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça. Só entre abril de 2020 e maio de 2021, o número subiu 7,6 por cento: foi para 919 mil seiscentas e cinquenta e uma pessoas. O total é um novo recorde preocupante do cárcere brasileiro, segundo sistemas oficiais, e foi puxado pela volta da fome no país.

Os dados são do Departamento Penitenciário Nacional. Até então, segundo o Infopen, o ano com mais pessoas privadas de liberdade no país foi 2019, com 755 mil pessoas presas. Os dados mais atuais são do CNJ, que é responsável por atualizar diariamente o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões com dados de mandados de prisão e das Varas de Execuções Penais.

Com seus 919 mil presos, o Brasil garante um terceiro lugar no ranking internacional, perdendo apenas para China e Estados Unidos, segundo o CNJ. Para especialistas em segurança pública, o número é uma preocupação.

Ao ser condenada e presa por um crime, a pessoa passa a cumprir pena, sendo retirada do convívio na sociedade. Mas, o que acontece após as grades serem fechadas? Como é a vida de quem vive encarcerado?

Conheça agora o trabalho de uma pastoral social da Igreja Católica, ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, que age junto às pessoas presas e suas famílias, a Pastoral Carcerária, que está completando 50 anos de atividade.

O Programa Igreja em Pauta recebe a coordenadora nacional da Pastoral carcerária Irmã Petra Silvia Pfaller. Religiosa das Irmãs Missionárias de Cristo, é alemã, está no Brasil desde 1991. É formada em Direito, possui Especialização em Direitos Humanos e Especialização em Direito Penal e Processo Penal, todos pela PUC de Goiás. Acompanhe a entrevista!!